" A História é êmula do tempo, repositório dos fatos, testemunha do passado, exemplo do presente, advertência do futuro." ( Miguel de Cervantes )

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Roma

Roma Antiga

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

De acordo com a lenda, Roma foi fundada em 753 a.C. por Rômulo e Remo, que foram criados por uma loba.
Roma Antiga é o nome dado à civilização que se desenvolveu na península Itálica durante o século VIII a.C. a partir da cidade de Roma. Durante os seus doze séculos de existência, a civilização romana transitou da monarquia para uma república oligárquica até se tornar num vasto império que dominou a Europa Ocidental e ao redor de todo o mar Mediterrâneo através da conquista e assimilação cultural. No entanto, um rol de factores sócio-políticos causou o seu declínio, e o império foi dividido em dois. A metade ocidental, onde estavam incluídas a Hispânia, a Gália e a Itália, entrou em colapso definitivo no século V e deu origem a vários reinos independentes; a metade oriental, governada a partir de Constantinopla passou a ser referida, pelos historiadores modernos, como Império Bizantino a partir de 476 d.C., data tradicional da queda de Roma e aproveitada pela historiografia para demarcar o início da Idade Média.
A civilização romana é tipicamente inserida na chamada Antiguidade Clássica, juntamente com a Grécia Antiga, que muito lhe inspirou a cultura. Roma contribuiu muito para o desenvolvimento no mundo ocidental de várias áreas de estudo, como o direito, teoria militar, arte, literatura, arquitetura, linguística, e a sua história persiste como uma grande influência mundial, mesmo nos dias de hoje.

Índice

1 História

História


Animação ilustrando a evolução territorial do Império Romano.
██ Herdando países do Império Bizantino

Monarquia

A documentação do período monárquico de Roma encontrada até hoje é muito precária, o que torna este período menos conhecido que os períodos posteriores. Várias dessas anotações registram a sucessão de sete reis, começando com Rômulo em 753 a.C., como representado nas obras de Virgílio (Eneida) e Tito Lívio (História de Roma).
A região do Lácio foi habitada por vários povos. Além dos latinos, os etruscos tiveram um papel importante na história da Monarquia de Roma, já que vários dos reis tinham origem etrusca.
O último rei de Roma teria sido Tarquínio, o Soberbo (534 a.C.-509 a.C.) que, em razão de seu desejo de reduzir a importância do Senado na vida política romana, acabou sendo expulso da cidade e também assassinado. Este foi o fim da Monarquia em Roma.
Durante esse período, o monarca (rei) acumulava os poderes executivo, judicial e religioso, e era auxiliado pelo Senado, ou Conselho de Anciãos, que detinha o poder legislativo e de veto, decidindo aprovar, ou não, as leis criadas pelo rei.

 República

República Romana é a expressão usada por convenção para definir o Estado romano e suas províncias desde o fim do Reino de Roma em 509 a.C. ao estabelecimento do Império Romano em 27 a.C..
Durante o período republicano, Roma transformou-se de simples cidade-estado num grande império, voltando-se inicialmente para a conquista da península Itálica e mais tarde para a Gália e todo o mundo da orla do Mar Mediterrâneo.

Império romano

Império Romano é a designação utilizada por convenção para referir o Estado romano nos séculos que se seguiram à reorganização política efetuada pelo primeiro imperador, Augusto. Embora Roma possuísse colônias e províncias antes desta data, o estado pré-Augusto é conhecido como República Romana.
Os historiadores fazem a distinção entre o Principado, período de Augusto à crise do terceiro século, e o Domínio ou Dominato que se estende de Diocleciano ao fim do Império Romano do Ocidente. Durante o Principado (da palavra latina princeps, que significa primeiro), a natureza autocrática do regime era velada por designações e conceitos da esfera republicana, manifestando os imperadores relutância em se assumir como poder imperial. No Domínio (palavra com origem em dominus, senhor), pelo contrário, estes últimos exibiam claramente os sinais do seu poder, usando coroas, púrpuras e outros ornamentos simbólicos do seu estatuto.

Sociedade


Fórum Romano, o epicentro do desenvolvimento de Roma.
Os principais grupos sociais que se construíram em Roma eram os patrícios, os clientes, os plebeus e os escravos.
  • Patrícios: eram grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos. Desfrutavam de direitos políticos e podiam desempenhar altas funções públicas no exército, na religião, na justiça ou na administração. Eram os cidadãos romanos.
  • Clientes: eram homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais em troca de auxílio econômico e proteção social. Constituíam ponto de apoio da dominação política e militar dos patrícios.
  • Plebeus: eram homens e mulheres livres que se dedicavam ao comércio, ao artesanato e aos trabalhos agrícolas. Apesar da conotação do nome, havia plebeus ricos.
  • Escravos: Representavam uma propriedade, e, assim, o senhor tinha o direito de castigá-los, de vendê-los ou de alugar seus serviços. Muitos escravos também eram eventualmente libertados.

 Terra e propriedade na Roma antiga


Gravura que mostra dois romanos fazendo a colheita na Roma Antiga: a agricultura era a atividade econômica fundamental da época.
Na Roma antiga, a agricultura era a atividade econômica fundamental, diferente de outros povos da época, que preferiam dar maior importância ao comércio e ao artesanato. [carece de fontes?]. Mas isso se deve, em parte, à geografia favorável da península Itálica, que, ao contrário das terras da Grécia, por exemplo, permitia o trabalho agrícola em grande escala.
Alguns especialistas recentes acreditam que Roma se tenha formado a partir de uma aldeia de agricultores e pastores. Inicialmente, a terra era utilizada de forma comunitária, com base em grupos de famílias chamados clãs ou gens. Mas essa situação começara a mudar com a expansão de territórios e o crescimento econômico e populacional. As famílias mais antigas e poderosas, que possuíam terras mais férteis, passaram a apropriar-se de terras que até então eram públicas.
Num processo de ocupação de terras, os romanos chegaram numa situação em que, de um lado, havia os grandes latifundiários que concentravam todos os poderes políticos das regiões e, de outro, os pequenos proprietários que, sem direitos de manifestação e de representação, viam-se arruinados pela contínua perda de suas próprias terras. Isso causou desequilíbrios sociais e, durante vários séculos, conflitos.

Cultura

Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os senadores e membros da aristocracia romana iam para discutirem política e ampliar seus relacionamentos pessoais.
A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem, na Idade Média, ao português, francês, italiano, romeno e espanhol (línguas neolatinas).
A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar o mito da Fundação de Roma, com Rômulo e Remo e o Rapto das Sabinas.

 Língua

Religião

Ver artigos principais: Religião na Roma Antiga, mitologia romana.
Desde os tempos da fundação de Roma, havia a crença em muitos deuses. Ao longo dos séculos, os romanos assimilaram numerosas influências religiosas. No princípio, as divindades eram cultuadas nos lares e, com a consolidação do Estado, os deuses passaram a ser cultuados publicamente, com sacerdotes presidindo as cerimônias. Conquistada a Magna Grécia, os deuses romanos se confundiram com os gregos, aos quais foram atribuídos nomes latinos.
A expansão territorial e o advento do Império levaram à incorporação de cultos orientais, além daqueles de origem helenística. Os romanos cultuavam, por exemplo, o deus persa Mitra, o que incluía a crença em um redentor que praticava o batismo e a comunhão pelo pão e pelo vinho.

Cristianismo

Na Judeia, uma das províncias romanas no Oriente, facções políticas locais se digladiavam em fins do século I a.C. De um lado, a aristocracia e os sacerdotes judeus aceitavam a dominação romana, pois os primeiros obtinham vantagens comerciais e os segundos mantinham o monopólio da religião. Entre as várias seitas judaicas que coexistiam na região, estavam a dos fariseus, voltados para a vida religiosa e estudo da Torá, e a dos essênios, que pregavam a vinda do Messias, um rei poderoso que lideraria os judeus rumo à independência. Nesse clima de agitação, durante o governo de Otávio, nasceu, em Belém, um judeu chamado Jesus.
Poucas fontes históricas não-cristãs mencionam Jesus ou os primeiros anos do Cristianismo. A principal fonte a respeito de sua vida são os Evangelhos, que relatam o nascimento e os primeiros anos no modesto lar de um artesão de Nazaré. Há um período sobre o qual praticamente não há informações, até que, aos trinta anos, recebe o batismo pelas mãos de João Batista, nas águas do Rio Jordão e começa a pregação de seu ideário. Para os cristãos, Jesus seria o messias esperado pelos judeus. No Sermão da Montanha, descrito nos evangelhos atribuídos a Mateus e Lucas, delineou os princípios básicos de seu pensamento: para Jesus, a moral, como a religião, era essencialmente individual e a virtude não era social, mas de consciência. Pregava a igualdade entre os homens, o perdão e o amor ao próximo.
Segundo os Evangelhos, as autoridades religiosas judaicas não aceitaram que aquele homem simples, que pregava aos humildes, pudesse ser o rei, o Messias que viria salvá-los. Consideraram-no um dissidente e o enquadraram na lei religiosa, condenando-o à morte por crucificação, a ser aplicada pelos romanos (do ponto de vista das autoridades romanas, Jesus era um rebelde político). Levadas pelos seus discípulos, os apóstolos, a diversas partes do império romano, as idéias de Jesus frutificaram. O apóstolo Paulo, judeu com cidadania romana, deu caráter universal à nova religião: segundo ele, a mensagem de Jesus, chamado de Cristo (o ungido) por seus seguidores, era dirigida não somente aos judeus, mas a todos os povos. Com Paulo, o Cristianismo deixou de ser uma seita do judaísmo para se tornar uma religião autônoma. Por não aceitarem a divindade imperial e por acreditarem que havia uma única verdade - a de Jesus -, os cristãos foram perseguidos pelos romanos.
Por volta do ano 70, foram escritos os evangelhos atribuídos a Mateus e Marcos, em língua grega. Trinta anos depois, publicava-se o evangelho atribuído a João, e a doutrina da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) começava a tomar forma. O cristianismo pode, então, ser interpretado como uma síntese de crenças judaicas e persas.
Apegados ao monoteísmo, os cristãos não juravam o culto divino ao imperador, provocando reações violentas. As perseguições ocorreram em curtos períodos, embora violentos, na medida em que o culto divino ao imperador, estabelecido por Augusto mas formalizado por Domiciano, era aplicado nas províncias [1] . Muitos foram perseguidos, outros morreram nas arenas, devorados por feras. Ao mesmo tempo, cada vez mais pessoas se convertiam ao cristianismo, especialmente pobres e escravos, que se voltavam para a Igreja por acreditarem na promessa de vida eterna no Paraíso.
O poder do cristianismo não podia mais ser ignorado. A partir do momento em que cidadãos ricos do Império Romano se converteram à nova religião, a doutrina, que pregava a igualdade e a liberdade, deixava de representar um perigo social. Aos poucos, a Igreja Católica se institucionalizava e o clero se organizava, com o surgimento dos bispos e presbíteros. O território sob o domínio romano foi dividido em províncias eclesiásticas. Os Patriarcas, bispos dos grandes centros urbanos - como Roma, Constantinopla e Alexandria -, ampliaram seu poder, controlando as províncias. O bispado de Roma procurou se sobrepor aos demais, alegando que o bispo de Roma era o herdeiro do apóstolo Pedro, que teria recebido de Jesus a incumbência de propagar a fé cristã entre os povos.
Em 313, o imperador Constantino fez publicar o Édito de Milão, que instituía a tolerância religiosa no império, beneficiando principalmente os cristãos. Com isso, recebeu apoio em sua luta para se tornar o único imperador e extinguir a tetrarquia. Em 361, assumiu o trono Juliano, o Apóstata, que tentou reerguer o paganismo, dando-lhe consistência ético-filosófica e reabrindo os templos. Três anos depois o imperador morreu e, com ele, as tentativas de retomar a antiga religião romana.
Em 391, Teodósio I (379-395) oficializou o cristianismo nos territórios romanos e perseguiu os dissidentes. Após seu reinado, o império foi dividido em duas partes. Os filhos de Teodósio assumiram o poder: Arcádio herdou o Império Romano do Oriente, cujo centro político era Constantinopla (antiga Bizâncio, rebatizada em homenagem ao imperador Constantino, localizava-se onde hoje é a cidade turca de Istambul); a Honório coube o Império Romano do Ocidente, com capital em Roma.

Arte

A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos adotaram muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega. Ao longo de sua história, a arte romana sofreu três grandes influências: a etrusca (na técnica), a grega (na decoração) e a oriental (na monumentalidade). É comum se dizer que Roma conquistara a Grécia militarmente, fora por ela conquistada culturalmente. No começo do período imperial, destacavam-se os romanos que dominavam a língua grega, vestiam-se como os gregos e conheciam as notícias sobre Atenas e Corinto. Em Roma, as casas da elite eram decoradas com estátuas e vasos gregos, originais ou réplicas. Roma tornara-se "a maior cidade grega do mundo".
A arte romana desenvolveu-se principalmente a partir do século II a.C. Para os romanos, a arquitetura era uma arte prática por excelência. Construíram obras importantes, como pontes, viadutos, aquedutos, arcos e colunas triunfais, estradas, termas, teatros, anfiteatros e circos. Destacavam-se as técnicas do arco pleno ou de meia circunferência, que permitiam a construção de abóbadas e cúpulas, e da coluneta ou conjunto de colunas. Embora se valessem de estilos gregos - jônico e coríntio -, os romanos desenvolveram dois tipos de colunas: a toscano e o compósito (uma sobreposição dos dois estilos gregos mencionados). Desenvolvendo novas concepções de espaço, os arquitetos romanos souberam solucionar problemas de ventilação, iluminação e circulação. Utilizaram largamente pedras e tijolos bem cozidos para edificar e argamassas e mármore nos revestimentos.
A arte cristã primitiva nasceu na fase da perseguição, o que provavelmente explica os poucos exemplares restantes. Perseguidos e impedidos de demonstrar sua fé entre os séculos I e IV, os cristãos desenhavam e pintavam símbolos nas paredes das catacumbas.

Engenharia e arquitetura


Aqueduto romano de Segóvia, Espanha.
Além de construir estradas que ligavam todo o império, os romanos edificaram aquedutos que levavam água limpa até as cidades e também desenvolveram complexos sistemas de esgoto para dar vazão à água servida e aos dejetos das casas.
A arquitetura romana sofreu uma enorme influência da arquitetura grega, porém, adquiriu algumas características próprias. Os romanos, por exemplo, modificaram a linguagem arquitetônica que receberam dos gregos, uma vez que acrescentaram aos estilos herdados (dórico, jônico e coríntio) duas novas formas de construção: os estilos toscano e compósito. As características que abrangiam os traços arquitetônicos gregos e romanos foram chamadas de Arquitetura Clássica por muitos escritores. Alguns exemplos característicos deste estilo expandiram-se por toda a Europa, devido ao expansionismo do Império Romano, nomeadamente o aqueduto, a basílica, a estrada romana, o Domus, o Panteão, o arco do triunfo, o anfiteatro, termas e edifícios comemorativos.
A evolução da arquitetura romana reflete-se fundamentalmente em dois âmbitos principais: o das escolas públicas e o das particulares. No âmbito das escolas públicas, as obras (templos, basílicas, anfiteatros, etc) apresentavam dimensões monumentais e quase sempre formavam um conglomerado desordenado em torno do fórum - ou praça pública - das cidades.
As obras particulares, como os palácios urbanos e as vilas de veraneio da classe patrícia, se desenvolveram em regiões privilegiadas das cidades e em seus arredores, com uma decoração deslumbrante e distribuídas em torno de um jardim.
A plebe vivia em construções de insulae, muito parecidos com nossos atuais edifícios, com portas que davam acesso a sacadas e terraços, mas sem divisões de ambientes nesses recintos. Seus característicos tetos de telha de barro cozido ainda subsistem em pleno século XXI.

 História Militar

Roma foi um estado totalmente militarista cuja história e o desenvolvimento sempre foram muito relacionados às grandes conquistas militares, durante os seus 12 séculos de existência. Então, o tema central a ser falado quando se discute a História Militar da Roma Antiga é o sucesso conseguido pelos exércitos romanos em batalhas campais que garantiam sua hegemonia, desde a conquista da península Itálica às batalhas finais contra os bárbaros.
A maior prova do sucesso militar do Império Romano foi sua surpreendente expansão territorial, pela qual Roma passou de uma simples cidade-estado para um verdadeiro império, que abrangia boa parte da atual Europa Ocidental, boa parte do norte da África e uma parte da Ásia. Essas grandes conquistas militares do Império Romano se deram pelo avanço da ciência militar que ela desenvolveu, inovando cada vez mais na indústria bélica. Eles criaram armas que envolviam tática e força, como o corvo, o gládio, o pilo e a catapulta; mas também deve-se ressaltar que as conquistas romanas se deram pela grande organização e empenho dos exércitos.
Podemos citar algumas guerras onde os Romanos tiveram grande êxito, como: As Guerras Samnitas, as Guerras Púnicas, a Guerra Lusitânica, as Guerras macedônicas, a Guerra Jugurtina, as Guerras Mitridáticas, as Guerras da Gália, as Guerras Cantábricas, as Guerras Germânicas de Augusto, as invasões romanas das ilhas britânicas, as Campanhas de Trajano na Dácia e as Campanhas de Trajano na Pártia. Mas os romanos não tiveram apenas guerras expansionistas, isto é, fora de seu território, também tiveram, assim como todos os impérios, revoltas e rebeliões internas. Dentre as quais, podemos citar: as revoltas do Ano dos quatro imperadores, as Guerras civis Romanas (várias), a Guerra Social, os Motins de Nika, a Revolta dos Batavi, as revoltas dos judeus (várias) e as Guerras Servis. E no contexto de guerras expansionistas, revoltas e rebeliões romanas, não poderíamos deixar de destacar alguns dos grandes líderes militares de Roma, os grandes generais: Júlio César; Pompeu, o Grande; Lúcio Cornélio Sula; Caio Mário; Cipião Africano e Quintus Fabius Maximus Verrucosus.


Fundação de Roma

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Loba capitolina: Segundo a lenda, o animal teria amamentado os gêmeos Rômulo e Remo.
A data da fundação de Roma é, a rigor, desconhecida. Durante o reinado de Augusto, o historiador Marco Terêncio Varrão (116 a.C.-27 a.C.) estabeleceu a data como 21 de abril de 753 a.C..[1] Embora a data exata seja desconhecida, há consenso entre os historiadores de que a cidade teria sido fundada no século VIII a.C.
Os romanos elaboraram um complexo conto mitológico sobre a origem da cidade e do estado, que se uniu à obra histórica de Tito Lívio e à obra poética de Virgílio e Ovídio, todos da era de Augusto. Naquela época, as lendas oriundas de textos mais antigos foram trabalhadas e fundidas num conto único, no qual o passado mítico foi interpretado em função dos interesses do império.
Os modernos estudos históricos e arqueológicos, que se baseiam nestas e em outras fontes escritas, além de objetos e restos de construções obtidos em vários momentos das escavações, tentam reconstruir a realidade que existe no conto mítico, no qual se reconhecem alguns elementos de verdade.

Índice


 A lenda

Os mitos e as lendas são importantes fontes para conhecermos a história de Roma. O poeta romano Virgílio e o historiador Tito Lívio encarregaram-se de imortalizar a lenda que narra a fundação de Roma. Segundo essa lenda, Roma foi fundada por Rômulo, cuja origem remonta à guerra de Troia.

 A fuga de Troia


Eneias abandona Troia em chamas,
Federico Barocci, 1598, Galleria Borghese, Roma.
Na Eneida de Virgílio e na Ab Urbe condita libri de Tito Lívio, Eneias, filho da deusa Vênus, foge de Troia, derrotada pelos aqueus, com seu pai Anquises e seu filho Ascânio, enquanto sua mulher Creúsa, filha do rei Príamo, desaparece enquanto deixam a cidade. Quando Eneias se dirige à Itália, uma tempestade atinge o navio, por desejo de Juno, e o obriga a aportar em Cartago, onde é recebido por Dido, rainha da cidade.

Eneias em Cartago

Durante um banquete em sua homenagem, Eneias começa a contar suas aventuras: a queda de Troia, o estratagema do cavalo e a fuga com o pai e o filho. Depois que fogem, refugiam-se no monte Ida, onde permaneceram durante o inverno à espera da construção de uma frota, partindo em seguida para uma nova pátria.
No fim de sua narrativa, Dido está apaixonada por Eneias, porque Vênus substituiu o filho dele por Cupido, que acerta Dido com uma de suas flechas. Dido pede a Eneias que permaneça com ela e reine em Cartago. Eneias e seus companheiros, depois de ficarem um ano em Cartago, partem por ordem de Júpiter para o Lácio. Dido, vendo ao longe os navios de Enéias, maldiz a estirpe troiana e se suicida.

[editar] Eneias chega ao Lácio

Depois de várias peregrinações no Mediterrâneo, Eneias aporta no Lácio, como sua mãe previra, dizendo que fundaria uma cidade na pátria de Dárdano (seu antepassado que, segundo a lenda, havia fundado Troia). No Lácio, Eneias é acolhido amavelmente pelo rei Latino, que lhe oferece sua filha Lavínia em casamento. Entretanto, a princesa já tinha sido prometida a Turno, rei dos rútulos.
A disputa pela mão da jovem torna-se uma verdadeira guerra, da qual participam as várias populações itálicas, compreendendo etruscos e volscos. Eneias se alia a algumas populações gregas provenientes de Argos e estabelecidas na cidade de Palante, sobre o monte Palatino, reino do árcade Evandro e de seu filho Palante. A guerra é sangrenta, Palante morre logo, atingido por Turno e, para evitar mais vítimas, a disputa entre Eneias e Turno deve resolver-se em um combate entre os dois comandantes e pretendentes. Eneias mata Turno, casa-se com Lavínia e funda a cidade de Lavínio (Lavinium), a atual Pratica di Mare).

Alba Longa

Trinta anos mais tarde, Ascânio funda uma nova cidade, Alba Longa, sobre a qual reinam seus descendentes. Cerca de 400 anos depois, o filho e legítimo herdeiro do décimo-segundo rei de Alba (Procas), Numitor, é deposto pelo irmão Amúlio. Com medo de perder o trono para os descendentes de Numitor, Amúlio matou seu sobrinho Lauso e obrigou sua sobrinha, Reia Sílvia, à virgindade perpétua, tornando-a Vestal (sacerdotisa virgem, consagrada à deusa Vesta).[2] e a fazer voto de castidade. No entanto, é fecundada e, para atenuar sua falta, diz que foi seduzida pelo deus Marte (deus romano da guerra); Réia deu a luz aos gêmeos Rômulo e Remo.

O nascimento de Rômulo e Remo

Amúlio, para punir Reia Sílvia, a prende em um calabouço e por medo destes heróis, filhos de um deus, quererem tomar seu lugar, mandou um servo executá-los, mas o servo encarregado não tem coragem de fazê-lo e os abandona em uma cesta no rio Tibre. Ora, é primavera, período de cheias em que o rio sai de seu leito. O servo deposita o cesto que contém os bebês nas águas do rio que sobe e elevam o cesto. Quando as águas da cheia recuam, este fica em terra, ao pé do Palatino. Atraída pelo choro dos recém-nascidos, uma loba sai do bosque e os encontra. Como ela acabou de perder seus filhotes, ofereceu suas tetas às crianças e, como fez com seus filhotes, os lambe com sua longa língua. Algum tempo depois, um pastor de ovelhas chamado Fáustulo encontrou os meninos e levou-os para casa, onde sua mulher Aca Laurência os criou.
Rômulo e Remo cresceram na cabana de seus pais adotivos. A caça dos animais selvagens, a corrida e os exercícios físicos enrijeceram seus corpos e suas almas. Tinham como companheiros pastores e, com eles, atacavam os salteadores de passagem para roubar-lhes seus espólios.
Acusado de roubo, Remo foi capturado e levado à presença do rei Amúlio. Fáustulo, o pastor, resolveu então contar a Rômulo a história de sua origem. Rômulo foi até Alba Longa, libertou seu irmão, matou Amúlio, devolveu o trono a seu avô Numitor e à sua mãe as honras que lhe eram devidas.

[editar] Roma: a nova cidade

Os gêmeos compreenderam que não havia futuro para eles em Alba Longa. Acompanhados de todos os indesejáveis da cidade, voltaram para o local onde foram abandonados e decidiram então fundar uma cidade. Rômulo quer chamá-la Roma e edificá-la sobre o Palatino, enquanto Remo deseja batizá-la como Remora e fundá-la sobre o Aventino. É o próprio Tito Lívio quem se refere às duas versões de maior credibilidade dos fatos:
"Como eram gêmeos e o respeito à progenitura não podia funcionar como critério eletivo, cabia aos que protegiam aqueles lugares indicar, através dos auspícios, quem seria escolhido para dar o nome à nova cidade e reinar depois da fundação. Assim, para interpretar os auspícios, Rômulo escolheu o Palatino e Remo escolheu o Aventino. O primeiro presságio teria cabido a Remo. Como Rômulo estava afastado quando o presságio foi anunciado, os respectivos grupos proclamaram um e outro como reis ao mesmo tempo. Uns sustentavam que tinham direito ao poder com base na prioridade no tempo, outros com base no número de pássaros vistos. Surgiu assim uma discussão e da luta raivosa de palavras se passou ao sangue: Remo, golpeado na cabeça, caiu por terra. É mais notável a versão segundo a qual Remo, para surpreender o irmão, teria escalado os muros recém-construídos (pomerium), e Rômulo, com raiva, teria ameaçado com estas palavras: "Assim, de agora em diante, morra quem escalar os meus muros". Deste modo, Rômulo se apossou sozinho do poder e a cidade fundada tomou o nome do fundador."
Segunda a lenda, Roma foi fundada em 753 a.C.

História e arqueologia

Todos os historiadores romanos referiram-se à loba cuidando dos gêmeos. Os relatos de Tito Lívio, Plutarco e de Dionísio de Halicarnasso, se inspiram em fragmentos da obra de Helânico de Mitilene, autor grego do século V a.C., que já falava de Rômulo. Alguns desses autores tentaram encontrar interpretações racionais para explicar detalhes tidos como improváveis. É assim que a loba que salvou os gêmeos é reinterpretada. Os romanos designam pela mesma palavra, lupa, a fêmea do lobo e a prostituta. Por isso, os historiadores afirmam que na realidade a ama dos gêmeos teria sido Aca Laurência, mulher do pastor Fáustulo, que teria exercido o ofício de prostituta. A fantástica lenda do animal que os socorre teria surgido, portanto, da ambiguidade da palavra lupa.
Os primeiros habitantes de Roma, os latinos e os sabinos, pertenciam ao grupo de populações indo-europeias originárias da Europa Central.[3] Vieram a Itália em ondas sucessivas chegando a se estabelecer em meados do 2º milênio a.C.[3] Latim Vetus era o antigo território dos latinos, atualmente o sul do Lácio.
Com os latinos e sabinos, os vênetos, que se estabeleceram ao norte da península,[3] os umbros, oscos, tadiates, tadinates, ausônios, samnitas, lucanos, rútulos, picenos, bretões, etc. na Itália Central,[3] os sículos, sicanos e elimos na Sicília, forma-se um agrupamento denominado itálico ou italiota.[3] Suas línguas, das quais derivou o latim, têm origens comuns.[3] Entre os séculos X e VIII a.C., a população da Península Itálica consistia em dois grupos itálicos principais: os osco-úmbrios e os latinos. Todos praticavam a incineração de seus mortos.[3] Em contrapartida, os lígures, que os precederam na Itália do norte durante o neolítico,[3] praticavam o enterro de defuntos.[3] Outro povo indo-europeu chegou a região no século XII a.C., os aqueus, que se dispersaram por diversas regiões do Mediterrâneo após sua civilização (Civilização Micênica) ser destruido na Grécia. Dois outros povos, ocuparam o resto da península nos séculos posteriores: os etruscos (que não eram indo-europeus) instalados ao norte do Tibre[3] e os colonos gregos na Campânia e na Itália Meridional.[3]

A ocupação das colinas de Roma remonta aos primórdios do 1º milênio a.C.[3] A descoberta de fossas de incineração no Forum romano e no Palatino prova que aldeias existiam no lugar de Roma desde o século X a.C.[3] As urnas funerárias etruscas em forma de cabanas redondas reproduzem as choupanas dos habitantes das colinas no início da Idade do Ferro.[3] Antes do século VIII a.C., existiam, portanto, aldeias dispersas nas colinas e eram ocupadas por latinos.[3] Em caso de perigo, os habitantes desses vilarejos se confederavam para enfrentar os inimigos.[3]
Os latinos originalmente ocupavam os Colli Albani (colinas Albanas), atual Castelli, entre 30 e 80 quilômetros a sudeste do monte Capitolino. Mais tarde se mudaram em direção aos vales, que tinham terras melhores para o gado e a agricultura.
Na época clássica,[3] os romanos festejavam no mês de dezembro,[3] mais especificamente no dia 11, o Septimontium[3], que inicialmente foi considerado como relacionado a fundação da cidade.[3] Mas, como 21 de abril é a única data de fundação comum a todas as lendas, surgiu recentemente a argumentação de que Septimontium estava mais provavelmente associada a arcaica liga Septimontiale (Septimontium ou Septomoncial) que agrupava as comunidades latinas dos sete montes, o monte Palatino (Palatual e Germal), o Velia, o Cispis, o Fugutal, o Oppius e o Caelius.[3] Eram excluídas da liga as colinas do Quirinal, do Viminal, do Capitólio e do Aventino.[3] Essas colinas tinham nomes expressivos: Celio era chamada Querquetulanus, de quercus (carvalho), enquanto Fagutal aponta para florestas de nozes, de fagus = noz.
Uma federação semelhante foi celebrada pelos latinos em Cave (uma vila ao sudeste de Roma) ou no Monte Cavo (em Castelli).
Embora estudos recentes sugiram que o Quirinal era a colina mais importante nos tempos antigos, parece que a primeira colina a ser habitada foi o Palatino (confirmando, portanto, a lenda), que era também o centro da Roma antiga. Seus três picos, colinas menores (Palatino, Viminal e Germal), unidos aos três picos do Esquilino (Oppius, Cispius e Fagutal) e às vilas sobre a colina Celio e Suburra (entre o atual monte Rione e a colina Oppius), juntaram-se a eles.
Aos etruscos que se estabeleceram na região no século VI a.C. muitas vezes foi creditado a construção da cidade propriamente dita.[3] No entanto, as recentes descobertas arqueológicas desmentem à tese da fundação etrusca de Roma.[3] Descobertas recentes revelam que Germal, na parte norte do Palatino, mais precisamente no Fórum Romano, era o local de uma vila (datada do século IX a.C.) com choupanas circulares ou elípticas. Era protegida por uma muralha de terra (talvez reforçada por madeira) eregida no século VIII a.C., e é provável que este seja o local real da fundação de Roma. Na localidade desta vila foram descobertos três recintos sucessivos sobrepostos.[3] A mais recente das muralhas do recinto datam dos séculos VII - VI a.C.[3] sendo que as outras duas mais antigas são dos séculos VIII - VII a.C.[3]
Outros vestígios descobertos no Palatino permitem hoje aos arqueólogos afirmar que a primeira cidade de Roma, propriamente dita, remonta ao século VIII a.C.[3] dando a parecer que a vila encontrada em Germal seja a vila que originou Roma. Esses fatores provam os relatos dos historiadores romanos de outrora.[3]
O território dessa vila era cercado por uma fronteira sagrada chamada Pomério, que enclausurava a chamada Roma Quadrata (Roma Quadrada). Esta teria sido ampliada com a inclusão do Capitolino e da ilha Tiberina no tempo em que Roma se tornou uma cidade fortificada. O monte Esquilino era uma vila-satélite que foi incorporada no tempo da expansão por Sérvio Túlio.
De acordo com o historiador Francis Owen, em "Os povos germânicos", o povo que colonizou Roma pode ter imigrado de fora da península Itálica, possivelmente derivado do mesmo grupo que formou os celtas ou germânicos. Traços da população fundadora seriam evidentes na aparência da aristocracia na época da República. Segundo Owens, as evidências disponíveis na literatura romana, nos registros históricos, nas estátuas e nos nomes de pessoas mostram que, na aparência física, a aristocracia romana diferia da maioria da população do resto da península. Os registros descrevem uma grande quantidade de personalidades históricas como louras. Adicionalmente, 250 indivíduos são registrados com o nome de Flavius, que significa "loiro", e há muitos chamados Rufus e Rutilius, que significam cabelo vermelho ou avermelhado. Os deuses romanos seguintes são citados como tendo cabelos loiros: Cupido, Apolo, Aurora, Baco, Ceres, Diana, Júpiter, Marte, Minerva e Vênus.[4]

 Localização


Roma no ano de sua fundação, 753 a.C.
Roma cresceu na margem esquerda do rio Tibre, a cerca de 25 quilômetros de sua foz[5], num trecho navegável do rio, portanto com acesso fácil ao mar Tirreno. Tinha as vantagens de uma posição ao mesmo tempo marítima e do interior. No interior tinha a proteção contra os piratas e o fácil acesso ao mar lhe trazia a facilidade do comércio marítimo[5]. A historiadora Maria Beatriz Florenzano confirma essa ideia: "Situada no vale inferior do Tibre, Roma tinha uma grande vantagem: realizava-se ali a junção de várias vias naturais de comunicação com todas as regiões vizinhas e em especial com a Magna Grécia e a Etrúria. (...) esta posição geográfica permitia o contato cultural e a recepção de influências de todos os lados".
A escolha do local de Roma foi justificado de diversas formas. Tito Lívio e Plutarco levaram em conta a razão emocional (sentimentalismo dos irmãos em homenagear a loba) enquanto Cícero levou em conta as vantagens geográficas. Roma está estabelecida ao pé das colinas Albanas que constituem uma defesa natural e numa planície suficientemente afastada do mar, de modo que a cidade não tinha a temer inscursões dos piratas.
A área em torno do rio Tibre era particularmente favorável e oferecia recursos estratégicos notáveis, já que o rio era uma fronteira natural de um lado, enquanto as colinas do Capitólio e do Palatino, relativamente escarpadas, ofereciam cidadelas naturais facilmente defensáveis. Essa posição teria capacitado os latinos a controlar o rio (bem como o tráfego comercial e militar sobre ele), do ponto natural de observação na ilha Tiberina.
O maior triunfo de Roma é o de ter sido edificada às margens do Tibre, no local onde foi depois construída a primeira ponte que permitia passar da margem esquerda para à direita. O rio desempenhou papel fundamental no desenvolvimento econômico romano porque todas as mercadorias que provinham do mar tinham de subir pelo curso do rio para serem dirigidas quer para a Etrúria, quer para a Campânia grega (Magna Grécia), quer para o Lácio Central (Sabinun e regiões adjacentes). Os romanos dominavam o tráfego terrestre, uma vez que Roma estava na intersecção das principais rodovias do interior italiano. Uma das estradas que parte do norte de Roma, a via Salária, relembra o papel de Roma no abastecimento, no interior da Itália, de sal, mercadoria essencial para a conservação de alimentos. Tinha ainda a vantagem de ficar numa região central onde encontravam-se etruscos, sabinos e latinos[5].

 A data de fundação de Roma

Durante a República Romana, muitas datas foram atribuídas à fundação da cidade, no intervalo entre 758 a.C. e 728 a.C.. Finalmente, no Império Romano, a data sugerida por Marco Terêncio Varrão (116 a.C. - 27 a.C.) foi considerada a oficial, mas nos Fasti Capitolini o ano é 752 a.C.. Embora o ano varie, todas as versões concordam que o dia é 21 de abril, data do festival de Pales, deusa do pastoreio. O calendário romano ab urbe condita, porém, começa com a data de Varrão (753 a.C.)
Entre a data convencional da Guerra de Troia (1182 a.C.) e a data aceita para a fundação de Roma (753) há um intervalo de quatro séculos, razão pela qual os romanos, durante a República, criaram a lenda da dinastia dos reis de Alba Longa, de forma a preencher o vazio de 400 anos entre Eneias e Rômulo. Os vestígios arqueológicos, no entanto, demonstram que Lavínio, Alba Longa e Roma no seu início são contemporâneas.[6]

O nome de Roma

O nome da cidade é geralmente relacionado com Rômulo, mas há outras hipóteses. Alguns sugeriram a palavra etrusca "rhome", com o significado de "duro", cognata com a palavra grega "ρώμη, rhōmē'’, força, vigor.[7]
Outros mencionam a Mitologia Romana, na qual se supõe que o nome se refere ao filho de Eneias ou Evandro. O estudioso basco Manuel de Larramendi pensa que a origem é a palavra basca "orma" (basco moderno "horma" = muro).
Roma é também chamada Urbs, nome que (no latim tardio geralmente significa qualquer cidade) veio de urvus, vala cavada por uma enxada, no caso a que foi aberta por Rômulo para marcar os limites da cidade.
Todo ano, no monte Capitolino, na noite de 21 de abril, um sino especial chamado Patarina toca do Campidoglio para comemorar a fundação de Roma. Na ocasião, o famoso canhão do Janículo permanece em silêncio, único dia do ano em que ele não soa.


Anexo:Lista de reis de Roma

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O rei em Roma, durante o periodo real (monárquico), era o magistrado único, vitalício e responsável. Discute-se se o poder do rei era, ou não, total e de natureza absoluta. Sua sucessão não se fazia pelo príncípio da hereditariedade ou da eleição, mas, pelo interrex (senador que, por designação do Senado, governava, na vacância do cargo real, pelo prazo de cinco dias, passando o poder nas mesmas condições, a outro senador, e assim por diante até que fosse escolhido o rei). Essa escolha, portanto, era feita por um desses interreges (não, porém, o primeiro), quando as condições políticas o permitissem. O rei, como chefe de Estado, tinha o comando do exército, o poder de polícia, as funções de juiz (criava e executava leis) e sacerdote, e amplos poderes administrativos (dispunha do tesouro e das terras públicas). Além disso, declarava guerra e celebrava a paz. Eram seus auxiliares:
a) nas funções políticas:
b) nas funções judiciárias:
c) nas funções religiosas
Durante a Realeza (ou monarquia), segundo a tradição, Roma teria sido governada por sete reis, quatro latinos e sabinos e os três últimos de origem etrusca (pois esse povo acabou por dominar Roma). Esses reis não foram personagens históricos, mas, em toda lenda, há sempre um fundo de verdade. Suas funções: declarar guerra, administrar a justiça e presidir os principais rituais religiosos

 Lista de reis

Reis latinos e sabinos
Reis de origem etrusca (Tarquínios)
A lista continua para Lista de cônsules da República Romana até Augusto se tornar Imperador.


SPQR

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Senatus Populusque Romanus
SPQR é um acrônimo para a frase latina Senatus Populusque Romanus. A tradução é "O Senado e o Povo Romano".
A frase era inscrita nos estandartes das legiões romanas e era o nome oficial do Império Romano. Hoje continua presente não apenas no brasão da cidade como em boa parte de seus edifícios, públicos ou privados, e também nas tampas dos bueiros.
Existem diversas versões para o significado correto do acrônimo, dependendo da declinação do 'R', que pode ser Romanus (Senatus OU Populus) ou Romani (plural: Senatus E Populus). De toda forma, Senatus Populusque Romanus é a versão presente na Coluna de Trajano.
Em Pirenópolis usa-se um Guião nas procissões de Nosso Senhor dos Passos e do Encontro com as mesmas iniciais SPQR.

Procissão do Encontro Pirenópolis, Goiás, Brasil

Curiosidades

A tradução italiana de Asterix faz referência ao acrónimo SPQR como correspondente às iniciais de Sono Pazzi Questi Romani (São loucos, estes romanos).

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