" A História é êmula do tempo, repositório dos fatos, testemunha do passado, exemplo do presente, advertência do futuro." ( Miguel de Cervantes )

sábado, 8 de janeiro de 2011

Medo Pérsia

Os medos, que estavam divididos em tribos, foram unificados porDéjoces em torno do século VIII a.C.. Dos sucessores de Déjoces, vale destacar Ciáxares, que aliado a Nabopalasar da Babilônia, derrotou os assírios. Seu filhoAstíages herdou um grandeimpério, porém acabou sendo derrotado por Ciro o Grande, que formou um império ainda maior, pois derrotou medos, lídios ebabilônicos. Ciro tratou com liberdade os povos vencidos, respeitando suas crenças e governando com justiça. Aos judeus que viviam no Cativeiro de Babilônia foi permitido que voltassem a Canaã para a reconstrução do Templo de Jerusalém. Ciro estabeleceu sua capital em Pasárgada, onde construiu belíssimos palácios. O filho de Ciro, Cambises II (rei entre 530 e 522 a.C.), conquistou o Egito. Despótico, cruel e desequilibrado, acabou cometendo suicídio. A morte de Cambises levou vários pretendentes a lutarem pelo trono, que acabou sendo conquistado por Dario. Com Dario I, o Império Persa atingiu o apogeu. Construiu estradas; criou um bem dotado sistema de correio; uniformizou o sistema de pesos e medidas; criou uma moeda-padrão: o dárico; dividiu o Império em satrapias e nomeou pessoas de confiança para governá-las. Após Dario I, o Império entrou numa longa decadência, até ser conquistado por Alexandre, o Grande.



Medos








Os medos foram uma das tribos de origem ariana que migraram da Ásia Central para o planalto Iraniano, posteriormente conhecida como Média, e, no final do século VII a.C., fundaram um reino centrado na cidade de Ecbátana. Sua língua pertence ao troncoindo-europeu, mas há dúvidas acerca de sua identidade étnica.
Os medos destacaram-se pela administração de seu reino, especialmente organizada em comparação aos grandes reinos da época, como a Assíria, a Lídia e a Fenícia. Também mantinham um exército baseado em infantaria armada com espadas de ferro e escudos, arqueiros e cavaleiros com lanças. As demais tribos arianas, como os persas e os partos, permaneceram tributários dos medos por vários séculos.

Geografia

Embora suas fronteiras sem dúvida flutuassem, a antiga região da Média basicamente ficava ao oeste e ao sul do mar Cáspio, separada da costa daquele mar pela cordilheira do Elburz. No noroeste, se estendia além do lago Urmia até o vale do rio Araques, ao passo que no seu termo oeste os montes Zagros serviam de barreira entre a Média e a terra da Assíria, e as baixadas do rio Tigre; ao leste ficava uma grande região desértica, e ao sul o país de Elão.
A terra dos medos era principalmente um planalto montanhoso com a altitude média de 900 a 1.500 m acima do nível do mar. Uma parte considerável desta terra é uma estepe árida, onde há pouca precipitação pluvial, embora haja planícies férteis muito produtivas. A maioria dos rios flui para o grande deserto central, onde suas águas se dissipam em brejos e pântanos que secam no verão quente e deixam depósitos de sal. As barreiras naturais tornavam a defesa relativamente fácil. A cordilheira ocidental é a mais elevada, com numerosos picos de mais de 4.270 m de altitude, mas o cume mais elevado, o monte Demavend (5.771 m) se encontra na cordilheira do Elburz, perto do mar Cáspio.

Principais ocupações

A maioria das pessoas viviam em pequenas aldeias ou eram nômades, e a principal ocupação era a criação de gado. A excelente raça decavalos criada pelos medos era um dos principais prêmios procurados pelos invasores. Rebanhos e manadas de ovelhascabrasjumentos,mulos e vacas também pastavam nos pastos dos altos vales. Em relevos assírios, os medos são às vezes representados usando o que parece serem capas de pele de ovelhas sobre as suas túnicas, e com botas altas com cordões. Esse era o equipamento necessário para o trabalho pastoril nos planaltos, onde os invernos traziam neves e intenso frio. A evidência arqueológica mostra que os medos possuíam hábeis trabalhadores em bronze e ouro.

História

Os medos não deixaram fontes escritas, razão pela qual a sua língua e as suas estruturas sociais, econômicas e políticas são desconhecidas. O que se sabe deles deriva do registro bíblico, de textos assírios e também dos historiadores gregos, clássicos. As informações disponíveis acerca dos medos são, por vezes, contraditórias. Heródoto, por exemplo, não faz diferença entre os medos e ospersas, chamando as guerras entre gregos e persas de Guerras Médicas, como se os dois povos fossem apenas um.
Os medos parecem ter-se constituído em numerosos pequenos reinos sob chefes tribais, e os jactanciosos relatos dos imperadores assíriosShamshi Adad VTiglate-Pileser III e Sargão II referem-se às suas vitórias sobre certos chefes de cidade da distante terra dos medos. Depois da vitória sobre o reino de Israel, em 740 AEC, os israelitas foram enviados ao exílio em lugares na Assíria e "nas cidades dos medos", algumas delas sendo então vassalas da Assíria.
Os esforços dos assírios de subjugar "os insubmissos medos" continuaram sob o rei assírio Esar-Hadom, filho de Senaqueribe, e evidentemente contemporâneo do Rei Manassés, de Judá (716-662 AEC). Numa das suas inscrições, Esar-Hadom fala de
um distrito na borda do deserto de sal, que jaz na terra dos distantes medos, na beirada do monte Bikni, o monte de lápis-lazúli, [...] poderosos chefes que não se haviam submetido ao meu jugo, — eles mesmos, junto com seu povo, seus cavalos de montaria, seus bois, suas ovelhas, seus jumentos e seus camelos (bactrianos), — enorme despojo, eu levei para a Assíria[...] Meu tributo e meu imposto reais eu lhes impus, anualmente.[1].
Segundo o historiador grego Heródoto (I, 96), os medos tornaram-se um reino unido sob um governante chamado Dêioces. Alguns historiadores modernos acreditam que Dêioces seja o governante chamado Daiaukku nas inscrições. Ele foi capturado e deportado paraHamate, por Sargão II, em resultado duma incursão assíria na região da Média. Todavia, a maioria dos peritos acha que foi só no tempo deCiaxares (ou Kyaxares, neto de Dêioces, segundo Heródoto [I, 102, 103]) que os reis da Média começaram a se unir sob determinado governante. Mesmo então talvez fossem apenas como os pequenos reis de Canaã, que às vezes lutavam sob a direção de determinado rei, embora ainda mantivessem um considerável grau de independência.
Os medos haviam aumentado em força apesar das incursões assírias, e começaram a ser então os rivais mais perigosos da Assíria. Quando Nabopolasar, de Babilônia, pai de Nabucodonosor, se rebelou contra a Assíria, Ciaxares, o medo, juntou suas forças às dos babilônios. Depois de os medos capturarem Assur, no décimo-segundo ano de Nabopolassar (634 AEC), Ciaxares (chamado Ú-ma-kis-tarnos registros babilônicos) reuniu-se com Nabopolasar junto à cidade capturada, e eles “estabeleceram uma entente cordiale [entendimento cordial],[2]Beroso (conhecido através de Polistor e Abideno, ambos citados por Eusébio) diz que o filho de Nabopolasar, Nabucodonosor, casou-se com a filha do rei medo, o nome dela sendo Amitis (ou Amuhea, segundo Abideno).[3] Os historiadores discordam, porém, quanto a se Amitis era filha de Ciaxares, ou do filho deste, Astíages.
Os medos exerceram pressão sobre a Assíria, com ataques e invasões às terras ao norte da Mesopotâmia. Alguns arqueólogos concordam que o desgaste causado pelas disputas de terras com os medos tenha contribuído para a rápida dissolução do império assírio e a ascensão do Império Neo-Babilônico de Nabucodonosor. Os medos ainda travaram um longo conflito com a Lídia pelo controle da Anatólia, até que, em meados do Século VI a.C.Ciro, o Grande, rei dos persas, rebelou-se contra o seu avô, o rei medo Astíages, derrotando-o e capturando-o. Os medos viram-se então sujeitos a seus parentes próximos, os persas. No novo império que se seguiu à derrocada dos medos, estes mantiveram-se em posição proeminente, considerados como iguais aos persas na guerra e nas honrarias. O cerimonial da corte meda foi adotado pelos novos soberanos persas, os quais residiam em Ecbátana nos meses de verão. Muitos nobres medos eram empregados como funcionários, sátrapas e generais.

Segundo a Bíblia

Segundo eruditos, os medos seriam descendentes do personagem bíblico "Madai", filho de Jafé, portanto, neto de Noé. - Gensesis 10:1-32

Conquistados por Alexandre, o Grande

No tempo do Rei Assuero (que se acredita ter sido Xerxes I), ainda se fazia referência à "força militar da Pérsia e da Média", sendo o conselho privado do rei formado por "sete príncipes da Pérsia e da Média", e as leis ainda eram conhecidas como "as leis da Pérsia e da Média". Em 334 AEC, Alexandre, o Grande obteve suas primeiras vitórias decisivas sobre as forças persas, e em 330 AEC ocupou a Média. Após a sua morte, a parte meridional da Média passou a fazer parte do Império Selêucida, ao passo que a parte setentrional tornou-se um reino independente. Embora a Média fosse dominada ora pelos partos, ora pelo Império Selêucida. Estrabãogeógrafo grego, indicou que uma dinastia dos medos continuou no primeiro século EC.[4] Em Jerusalém, em Pentecostes do ano 33 EC, estavam presentes medos, junto com partos, elamitas e pessoas de outras nacionalidades. Visto que são chamados de "judeus, homens reverentes, de toda nação", talvez fossem descendentes dos judeus exilados em cidades dos medos, após a conquista assíria de Israel, ou talvez alguns fossem prosélitos da crença judaica.

Persas



Os persas são um povo iraniano que vive principalmente no Irã, com comunidades de expatriados que habitam os países vizinhos e os estados árabes do golfo Pérsico. Um número significativo de persas vive em comunidades de migrantes na América do Norte e daEuropa. Os persas se caracterizam tipicamente pelo seu uso doidioma persa e de uma cultura e história própria.
A identidade persa - pelo menos em termos linguísticos - remonta aos arianos indo-europeus, que teriam chegado a partes do Grande Irã por volta de 2000 - 1500 a.C.. Ao redor de 550 a.C., a partir da província de Fars, no Irã, os antigos persas espalharam sua língua e cultura a outras partes do planalto iraniano através da conquista, bem como assimilaram os povos iranianos e não-iranianos locais ao longo do tempo. Este processo de assimilação continuou diante das invasões dos gregosárabesmongóis e turcomanos, e perdurou ao longo dos tempos islâmicos.[16][17]
Diversos dialetos e identidades regionais emergiram com o tempo, enquanto uma orientação distintamente persa se manifestou integralmente no Irã e no Afeganistão no século XX, espelhando desenvolvimentos paralelos que haviam ocorrido na Turquia pós-otomana (Revolução dos Jovens Turcos), no Mundo Árabe(nacionalismo árabe) e na Europa. Com a desintegração dos últimos impérios persas das dinastias Afshárida e Qajar, o Afeganistão, juntamente com os territórios do Cáucaso(Azerbaijão),[18] e da Ásia Central (Tajiquistão) tornaram-se independentes do Irã ou foram incorporados ao Império Russo.
Os povos persas formam um conjunto eclético de grupos que tem alíngua persa como principal legado em comum. Diversas populações da Ásia Central, como os hazaras, apresentam traços de ancestralidade mongol, enquanto os persas ao longo da fronteira com o Iraque têm ligações com a cultura xiita árabe daquele país.Dialetos regionais falados pelos tajiques no Afeganistão mostram afinidades antigas com os dialetos falados no Corassão e noTabaristão. Como o persa foi por muito tempo a lingua franca do planalto iraniano (as terras altas entre o Iraque e os vales do rio Indo), ele passou a ser usado por diversos grupos como um segundo idioma, incluindo pelos grupos turcomanos e árabes que habitavam a região. Enquanto a maioria dos persas no Irã aderem ao islamismo xiita, os persas que habitam o leste permanecemsunitas. Pequenos grupos de persas continuam a seguir a fé pré-islâmica do zoroastrismo, no Irã, bem como no Paquistão e na Índia(os parsis), onde o uso do idioma persa permanece sendo utilizado para propósitos litúrgicos.
Enquanto a categorização de um grupo étnico 'persa' permanece utilizada entre estudiosos ocidentais, os pontos de vista locais se inclinam para a descrição dos persas como um grupo pan-nacional, frequentemente composto por povos regionais que raramente se referem a si mesmos como 'persas', e utilizam-se ocasionalmente do termo 'iraniano'. O uso quase sinônimo de iraniano e persapersistiu ao longo dos séculos, apesar dos significados variados do primeiro termo, que inclui idiomas e grupos étnicos diferentes, ainda que aparentados.

Terminologia


Os termos Pérsia e persa foram adotados por todos os idiomas ocidentais através dos gregos, e vêm sendo usados para se referir oficialmente ao Irã e seus habitantes desde 1935. Porém não só os iranianos são considerados persas, como diversos outros povos que abraçaram a língua e cultura persa, e que também são descritos como persas por fazerem parte da civilização persa (cultural e linguisticamente).

[editar]Antiguidade

O primeiro registro escrito sobre os persas se encontra numa inscrição assíria de 834 a.C., que menciona tanto Parsua ("persas") quanto Muddai ("medos").[19][20] Este termo utilizado pelos assírios, Parsua, era uma designação especial utilizada para se referir às tribos iranianas do sudoeste (que referiam-se a si próprios como 'arianos'), e vinha do persa antigo Pârsâ. Os gregos(que até então utilizavam nomes relacionados a Média e aos medos) começou, a partir do século V a.C., a utilizar adjetivos como PersesPersica ou Persis para se referir ao império de Ciro, o Grande.[21] Nas partes da Bíblia onde este reino é mencionado, como nos livros de EsterDaniel,Esdras e Neemias, ele é chamado de Paras (em hebraico: פרס), ou, por vezes, Paras ve Madai(פרס ומדי, "Pérsia e Média").
Depois das diversas variações do idioma e dos alfabetos utilizados para escrevê-lo durante oImpério Parta, durante o Império Aquemênida o persa foi gravado com a escrita pahlavi;[22] já durante o Império Sassânida a mistura de persas, medos, partas e de outros povos indígenas do Irã, incluindo os elamitas, ganharam mais terreno, e uma identidade iraniana homogênea foi criada a tal ponto que todos passaram a ser chamados de iranianos/persas, a despeito de quaisquer afiliações clânicas ou alteridades regionais dialetais ou linguísticas. Ibn al-Nadim, entre outros historiadores medievais árabes, escreveu que "as línguas iranianas são o fahlavi (pahlavi), darikhuzi, o persa e o suryani", e Ibn Moqaffa relatou que o khuzi era o idioma não-oficial da Pérsia - Khuz sendo um nome também utilizado para Elam; a identidade elamita, no entanto, provavelmente já não mais existia.

[]Período islâmico

O nome "Pérsia" foi o nome "oficial" do Irã no Ocidente antes de 1935, porém os próprios persas se referiam ao país desde o período sassânida (226–651 d.C.) como "Irã" (Irān). O primeiro-ministro do Reino UnidoRamsay MacDonald (1866-1937), e o embaixador britânicono Irã, por exemplo, Percy Loraine, referiam-se ao povo e ao governo iranianos como Persian.[28] Em 21 de março de 1935 o soberano do país, o  Reza Pahlavi, proclamou um decreto pedindo aos delegados estrangeiros presentes no país que passassem a utilizar o termo Iran(Irã) nas futuras correspondências formais. A partir de então "iraniano" e "persa" passaram a ser termos utilizados alternadamente àpopulação do país. O termo ainda é utilizado historiamente para designar os iranianos que vivem na região chamada de Grande Irã.[29][30

Subgrupos

Ver artigos principais: Persas iranianosTajiquesHazarasFarsiwanKizilbash.
Os persas podem ser encontrados no IrãAfeganistãoTajiquistãoUzbequistão, na província de Xinjiang, na China (ver Tajiques na China) e no norte do Paquistão. Assim como os persas do irã (persas ocidentais), os tajiques (persas orientais) são descendentes de diversos povos iranianos, incluindo os próprios persas iranianos, além de vários povos invasores. Os tajiques e os farsiwan têm uma afinidade particular com os persas da região vizinha do Coraçone, devido às interações históricas entre os dois povos - algumas que datam do início do período islâmico.
Outros grupos menores incluem os qizilbash, do Afeganistão e Paquistão, aparentados aos farsiwan e os azerbaijanos. No Cáucaso, os tatsestão concentrados no Azerbaijão, na Armênia e no Daguestão russo, e suas origens remontam aos mercadores sassânidas que se estabeleceram na região. Os parsis uma seita zoroastrista do oeste da Índia e Paquistão, centrados no Guzerate e em Bombaim, também descendem de zoroastristas persas. Os iranis, outra pequena comunidade na Índia ocidental, descende de imigrantes persas, porém mais recentes. Além deles, os hazaras e os aimaqs são grupos étnicos de origem mongol e turcomana parcialmente persianizados. 
O termo persa continuou a se referir a diversos povos irânicos, incluindo os falantes do corásmio,,[23] do antigo tabari,,[24] azari antigo,[25],laki e do curdo.[26].
historiador árabe Abu al-Hasan Ali ibn al-Husayn Al-Masudi (896-956) também se refere a vários dialetos persas e aos falantes destes dialetos como 'persas'. Ao mesmo em que considera o "persa moderno" (dari) como um destes dialetos, ele também menciona o pahlavi e o antigo azari, assim como outros idiomas persas. Segundo Al-Masudi::[27]
Os persas são um povo cujas fronteiras são as montanhas Mahat e o Azarbaijan até a Armênia e Arran, e Bayleqan eDarband, e Ray e o Tabaristão e Masqat e Shabaran e Jorjan e Abarshahr, e Nishabur, e Herat e Marv e outros lugares na terra de Coraçone, e o Sejistão e Kerman e Fars e Ahvaz… Todas estas terras foram uma vez um só reino, com um soberano e um idioma… embora o idioma tivesse algumas diferenças. A língua, no entanto, é uma só, no sentido em que as letras são todas escritas da mesma maneira, e utilizadas da mesma maneira na composição. Existem, então, diversas línguas como o pahlavi, o dari, o azari, assim como outros idiomas persas.

Período moderno


1a linha: Ciro, o Grande • Dario I • Xerxes I • Mitrídates VI • Shapur I • Shapur II •Babak Khorramdin
3a linha: Al-Ghazali • Asadi Tusi • Attar Neyshapuri • Al-Razi • Rumi • Hafez • Amir Kabir

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