Esta música foi composta em 1988 em homenagem aos 70 anos de Nelson Mandela, que ainda estava preso, mas a letra já anunciava a sua libertação!
Letra e Tradução:
Mandela Day
It was 25 years they take that man away
Now the freedom moves in closer every day
Wipe the tears down from your saddened eyes
They say Mandela's free so step outside
It was 25 years ago this very day
Held behind four walls all through night and day
Still the children know the story of that man
And I know what's going on right through your land
25 years ago
Na na na na Mandela day
Oh oh oh Mandela's free
If the tears are flowing wipe them from your face
I can feel his heartbeat moving deep inside
It was 25 years they took that man away
And now the world come down say Nelson Mandela's free
Oh oh oh oh Mandela's free
The rising suns sets Mandela on his way
Its been 25 years around this very day
From the one outside to the ones inside we say
Oh oh oh oh Mandela's free
Oh oh oh set Mandela free
Na na na na Mandela day
Na na na na Mandela's free
25 years ago
What's going on
And we know what's going on
Cos we know what's going on
Tradução - Dia de Mandela
Há 25 anos eles prenderam aquele homem
Agora a liberdade se aproxima a cada dia
Enxugue as lágrimas dos seus olhos entristecidos
Eles dizem que Mandela está livre, então pise lá fora
Oh oh oh oh Dia de Mandela
Oh oh oh oh Mandela está livre
Há 25 anos nesse mesmo dia
Preso entre 4 paredes durante noite e dia
As crianças ainda sabem a história daquele homem
E eu sei o que está acontecendo bem na sua terra
25 anos atrás
Na na na na o Dia de Mandela
Oh oh oh o Mandela está livre
Se as lágrimas estão fluindo, enxugue-as de seu rosto
Eu posso sentir a batida do coração dele movendo bem fundo
Há 25 anos eles levaram embora aquele homem
E agora o mundo desce e diz "Nelson Mandela está livre"
Oh oh oh oh o Mandela está livre
O sol nascente guia Mandela em seu caminho
Faz 25 anos nesse mesmo dia
Desde o dia livre até os dias presos, nós dizemos
Oh oh oh oh o Mandela é livre
Oh oh oh o Mandela é livre
Na na na na o Dia de Mandela
Na na na na o Mandela é livre
25 anos atrás
O que está acontecendo?
E nós sabemos o que está acontecendo
Porque nós sabemos o que está acontecendo
Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918[1]) é um advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul de 1994 a 1999.
De etnia Xhosa, Mandela nasceu no pequeno vilarejo de Qunu, distrito de Umtata, na região do Transkei. Aos sete anos, Mandela tornou-se o primeiro membro da família a frequentar a escola, onde lhe foi dado o nome inglês "Nelson". Seu pai morreu logo depois, e Nelson seguiu para uma escola próxima ao palácio do Regente. Seguindo as tradições Xhosa, ele foi iniciado na sociedade aos 16 anos, seguindo para o Instituto Clarkebury, onde estudou cultura ocidental.
Passou a infância na região de Thembu, antes de seguir carreira em Direito. Em 1934, Mandela mudou-se para Fort Beaufort, cidade com escolas que recebiam a maior parte da realeza Thembu, e ali tomou interesse no boxe e nas corridas. Após se matricular, ele começou o curso para se tornar bacharel em direito na Universidade de Fort Hare, onde conheceu Oliver Tambo e iniciou uma longa amizade.
Casa de Nelson Mandela na Infância.
Ao final do primeiro ano, Mandela se envolveu com o movimento estudantil, num boicote contra as políticasuniversitárias, sendo expulso da universidade.
Dali foi para Johanesburgo, onde terminou sua graduação na Universidade da África do Sul (UNISA) por correspondência. Continuou seus estudos de direito na Universidade de Witwatersrand.
Como jovem estudante do direito, Mandela se envolveu na oposição ao regime do apartheid, que negava aos negros (maioria da população), mestiços e indianos (uma expressiva colônia de imigrantes) direitos políticos, sociais e econômicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano em 1942, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e Oliver Tambo, entre outros, a Liga Jovem do CNA.
Depois da eleição de 1948 dar a vitória aos afrikaners (Partido Nacional), que apoiavam a política de segregação racial, Mandela tornou-se mais ativo no CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa anti-apartheid.
Comprometido de início apenas com atos não-violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180.
Em 1961, ele se tornou comandante do braço armado do CNA, o chamado Umkhonto we Sizwe ("Lança da Nação", ou MK), fundado por ele e outros. Mandela coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo e viajou para a Argélia para treinamento paramilitar.
Em agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso após informes da CIA à polícia sul-africana, sendo sentenciado a cinco anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Em 1964 foi condenado a prisão perpétua por sabotagem (o que Mandela admitiu) e por conspirar para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega).
No decorrer dos 27 anos que ficou preso, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou o lema das campanhas anti-apartheid em vários países.
Ilha de Robsllando, onde Mandela ficou preso.
Durante os anos 1970, ele recusou uma revisão da pena e, em 1985, não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Mandela continuou na prisão até fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, aos 72 anos, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk.
Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da paz em 1993.
Em 1990 foi-lhe atribuído o Prêmio Lênin da Paz, que foi recebido em 2002. Na África do Sul também é conhecido como 'Madiba', um título honorário adotado por membros do clã de Mandela.
Principal representante do movimento antiapartheid, como ativista, sabotador e guerrilheiro. Considerado pela maioria das pessoas um guerreiro em luta pela liberdade, era considerado pelo governo sul-africano um terrorista. Sua vida foi brilhantemente retratada no filme “Invictus” (2009), mostrando sua conversão em ativista com métodos pacíficos, vindo a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1993.
Luta contra o apartheid
A Lei de Reserva dos Benefícios Sociais de 1953 possibilitou a divisão de locais públicos por raça. Esta placa encontrada numa praia de Durban, em 1989, indica – em inglês, africâner e zulu – se tratar de uma "área de banho reservada para uso exclusivo por integrantes do grupo racial branco".O apartheid, que significa "vida separada", era o regime de segregação racial existente na África do Sul, que obrigava os negros a viverem separados. Os brancos controlavam o poder, enquanto o restante da população não gozava de vários direitos políticos, econômicos e sociais.
Ainda estudante de Direito, Mandela começou sua luta contra o regime do apartheid. No ano de 1942, entrou efetivamente para a oposição, ingressando no Congresso Nacional Africano (movimento contra o apartheid). Em 1944, participou da fundação, junto com Oliver Tambo e Walter Sisulu, da Liga Jovem do CNA.
Durante toda a década de 1950, Nelson Mandela foi um dos principais membros do movimento anti-apartheid. Participou da divulgação da “Carta da Liberdade”, em 1955, documento pelo qual defendiam um programa para o fim do regime segregacionista.
Mandela sempre defendeu a luta pacífica contra o apartheid. Porém, sua opinião mudou em 21 de marco de 1960. Neste dia, policiais sul-africanos atiraram contra manifestante negros, matando 69 pessoas. Este dia, conhecido como “O Massacre de Sharpeville”, fez com que Mandela passasse a defender a luta armada contra o sistema.
Em 1961, Mandela tornou-se comandante do braço armado do CNA, conhecido como "Lança da Nação". Passou a buscar ajuda financeira internacional para financiar a luta. Porém, em 1962, foi preso e condenado a cinco anos de prisão, por incentivo a greves e viagem ao exterior sem autorização. Em 1964, Mandela foi julgado novamente e condenado a prisão perpétua por planejar ações armadas.
Mandela permaneceu preso de 1964 a 1990. Neste 26 anos, tornou-se o símbolo da luta anti-apartheid na África do Sul. Mesmo na prisão, conseguiu enviar cartas para organizar e incentivar a luta pelo fim da segregação racial no país. Neste período de prisão, recebeu apoio de vários segmentos sociais e governos do mundo todo.
Com o aumento das pressões internacionais, o então presidente da África do Sul, Frederik de Klerk solicitou, em 11 de fevereiro de 1990, a libertação de Nelson Mandela e a retirada da ilegalidade do CNA (Congresso Nacional Africano). Em 1993, Nelson Mandela e o presidente Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da Paz, pelos esforços em acabar com a segregação racial na África do Sul.
Em 1994, Mandela tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul. Governou o país até 1999, sendo responsável pelo fim do regime segregacionista no país e também pela reconciliação de grupos internos.
Com o fim do mandato de presidente, Mandela afastou-se da política dedicando-se a causas de várias organizações sociais em prol dos direito humanos. Já recebeu diversas homenagens e congratulações internacionais pelo reconhecimento de sua vida de luta pelos direitos sociais.
Atividade
Mandela envolveu-se na oposição ao regime do apartheid, que negava aos negros (maioria da população) direitos políticos, sociais e econômicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano (conhecido no Brasil pela sigla portuguesa, CNA, e em Portugal pela sigla inglesa, ANC) em 1947, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e Oliver Tambo (entre outros) uma organização mais dinâmica, a Liga Jovem do NCA/ANC
Depois da eleição de 1948 dar a vitória ao Partido Nacional africânder- que seria o promotor da política de segregação racial -, Mandela aderiu ao Congresso do Povo (1975) (percursor do ANC) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa antiapartheid.
Sul Africana carregando o filho morto durante o massacre de Sharpeville
Comprometido de início apenas com actos não violentos, na esteira de Ghandi, Mandela e seus colegas decidiram recorrer à luta armada após o massacre de Sharpeville (21 de Março de 1960), quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, desarmados, matando 69 pessoas e ferindo 180 - e a subsequente ilegalidade do ANC e outros grupos anti-apartheid que aderiram a esse levantamento bélico.
Em 1961 tornou-se comandante do braço armado do ANC, o chamado Umkhonto we Sizwe ("Lança da Nação", ou MK), fundado por ele e outros. Mandela coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo, fazendo também planos para uma possível guerrilha se a sabotagem falhasse em acabar com o apartheid; também viajou em coleta de fundos para o MK, e criou condições para um treinamento e atuação paramilitar do grupo.
Em agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso e sentenciado a 5 anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Em 2 de junho de 1967 foi sentenciado novamente, dessa vez a prisão perpétua (apesar de ter escapado de uma pena de enforcamento), por planejar ações armadas, em particular sabotagem (o que Mandela admite) e conspiração para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega). No decorrer dos vinte e seis anos seguintes, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou bandeira de todas as campanhas e grupos antiapartheid ao redor do mundo.
Enquanto estava na prisão, Mandela enviou uma declaração para o NCA (e que viria a público em 20 de Junho de 1980) em que dizia: "Unam-se! Mobilizem-se! Lutem! Entre a bigorna que é a ação da massa unida e o martelo que é a luta armada devemos esmagar o apartheid!" [2]
Recusando trocar uma liberdade condicional pela recusa em cessar o incentivo a luta armada (Fevereiro de 1985), Mandela continuou na prisão até Fevereiro de 1990, quando a campanha do ANC e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk. O ANC também foi tirado da ilegalidade.
Nelson Mandela recebeu em 1989 o Prêmio Internacional Al-Gaddafi de Direitos Humanos, e em 1993, com de Klerk, recebeu o Nobel da Paz, pelos esforços desenvolvidos no sentido de acabar com a segregação racial. Em Maio de 1994, tornou-se ele próprio o presidente da África do Sul, naquelas que foram as primeiras eleições multirraciais do país. Cercou-se, para governar, de personalidades do ANC, mas também de representantes de linhas políticas.
Presidência do CNA e presidência da África do Sul
Nelson Mandela (à direita) com o ex-presidente norte-americano Bill Clinton.
Como presidente do CNA (de julho de 1995 a dezembro de 1999) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1991 a junho de 2000), Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa. Alguns radicais ficaram desapontados com os rumos de seu governo, entretanto; particularmente na ineficácia do governo em conter a crise de disseminação da SIDA/AIDS.
Mandela também foi criticado por sua amizade próxima para com líderes como Fidel Castro (Cuba) e Muammar al-Gaddafi (Líbia), a quem chamou de "irmãos das armas". Sua decisão em invadir o Lesoto, para evitar um golpe de estado naquele país, também é motivo de controvérsia.
Vida pessoal
Casou-se três vezes. A primeira esposa de Mandela foi Evelyn Ntoko Mase, da qual se divorciou em 1957 após 13 anos de casamento. Depois casou-se com Winnie Madikizela, e com ela ficou 38 anos, divorciando-se em 1997, com divergências políticas entre o casal vindo a público. No seu 80º aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano e aliado do CNA.
Afastamento da política
Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Ele recebeu muitas distinções no exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha Isabel II, e a Medalha presidencial da Liberdade de George W. Bush.
Ele é uma das duas únicas pessoas de origem não-indiana a receber o Bharat Ratna - distinção mais alta da Índia - em 1970. (A outra pessoa não-indiana é a Madre Teresa de Calcutá.)
Em 2001 tornou-se cidadão honorário do Canadá e também um dos poucos líderes estrangeiros a receber a Ordem do Canadá.
Em 2003, Mandela fez alguns pronunciamentos , atacando a política externa do presidente estadunidense Bush. No mesmo ano, ele anunciou seu apoio à campanha de arrecadação de fundos contra a AIDS chamada 46664 - número que lembra a sua matrícula prisional.
Em Junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública. Sua saúde tem sofrido abalos nos últimos anos e ele deseja aproveitar o tempo que lhe resta com a família. Fez uma exceção, no entanto, por seu compromisso em lutar contra a AIDS. Naquele mesmo mês ele viajou para a Indonésia, a fim de discursar na XV Conferência Internacional sobre a AIDS.
Em Novembro de 2006, foi premiado pela Anistia Internacional com o prêmio Embaixador de Consciência 2006 em reconhecimento à liderança na luta pela proteção e promoção dos direitos humanos.
Em abril de 2007, Mandela apareceu no comício do Congresso Nacional Africano, do candidato a presidente Jacob Zuma, mostrando seu apoio.
Em junho de 2008 foi realizado um grande show em Londres em homenagem aos seus 90 anos, onde participaram vários cantores mundialmente conhecidos.
Na madrugada de 11 de Junho de 2010, um dia antes da abertura do Mundial da África do Sul e no dia do Concerto, a sua bisneta, Zenani Mandela de 13 anos morre num acidente de carro, que capotou. O autor deste acidente vinha embriagado. Devido a este terrível acontecimento, Nelson não pôde estar presente no jogo de abertura do Mundial 2010.
Cartaz so Show
Algumas frases de Nelson Mandela
- "Sonho com o dia em que todas as pessoas levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos." - "Uma boa cabeça e um bom coração formam uma formidável combinação." - "Não há caminho fácil para a Liberdade." - "A queda da opressão foi sancionada pela humanidade, e é a maior aspiração de cada homem livre." - "A luta é a minha vida. Continuarei a lutar pela liberdade até o fim de meus dias." - "A educação é a arma mais forte que você pode usar para mudar o mundo."
Homenagens
Moedas comemorativas dos 90 anos de Nelson Mandela.
Estátuas de Nelson Mandela em várias Cidades
Músicas
Dia Internacional de Nelson Mandela
- A partir de 2010, será celebrado em 18 de julho de cada ano o Dia Internacional de Nelson Mandela. A data foi definida pela Assembléia Geral da ONU e corresponde ao dia de seu nascimento.
Wind of Change é um disco single de 1990 gravado pela banda alemã Scorpions. A balada foi escrita por Klaus Meine, inspirando-se nos "ventos de mudança" que atingiam a Europa, com a Guerra Fria terminando, o fim da União Soviética e a queda do Muro de Berlim.
A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (em russo: Союз Советских Социалистических Республик - CCCP, transl. Soyuz Sovetskikh Sotsialisticheskikh Respublik, pronuncia-se Sayuz Savietskikh Sotsyalistitcheskikh Respublik), também conhecida por União Soviética[1] ou simplesmente URSS, foi um país de proporções continentais, declaradamente socialista que existiu na Eurásia de 1922 a 1991.
Emergindo do Império Russo após a Revolução Russa de 1917 e a Guerra Civil Russa (1918–1921), a URSS foi uma nação constituída de várias repúblicas soviéticas, porém a sinédoque Rússia — após a RSFS Russa — é o maior estado constituinte e o mais populoso, que é comumente usado referindo-se ao Estado por completo. Os limites geográficos da União Soviética variaram com o tempo, porém após últimas as maiores anexações territoriais dos países bálticos, do leste polonês, da Bessarábia, e alguns outros territórios durante a Segunda Guerra Mundial, de 1945 até sua dissolução, as fronteiras, aproximadamente, correspondem às do Império Russo, com exclusões da Polônia e da Finlândia.
Como o maior e mais antigo Estado constitucionalmente socialista em existência, a União Soviética tornou-se o modelo primário para futuras nações socialistas durante a Guerra Fria; o governo e a organização política do país foram definidos pelo único partido político, o Partido Comunista da União Soviética.
De 1945 até sua dissolução em 1991 — o período conhecido como Guerra Fria — a União Soviética e os Estados Unidos da América foram as únicas duas superpotências mundiais que dominavam a agenda global de política econômica, assuntos externos, operações militares, intercâmbios culturais, avanços científicos, incluindo o pioneirismo na exploração espacial, e esportes (incluindo os Jogos Olímpicos e vários outros campeonatos mundiais).
A União Soviética, durante a Guerra Fria, havia criado um poderoso bloco socialista que se estendia da Europa Oriental até a América, passando pelo Extremo Oriente, Sudeste Asiático, Oriente Médio e pela África. Esse bloco era a área de influência direta soviética e se submetia aos comandos econômicos, políticos e militares de Moscou.
Inicialmente criada como a união de quatro Repúblicas Soviéticas Socialistas, a URSS cresceu até chegar a conter 15 "repúblicas unidas" em 1956: RSS da Armênia, RSS do Azerbaijão, RSS da Bielorrússia, RSS da Estônia, RSS da Geórgia, RSS do Cazaquistão, RSS do Quirguize, RSS da Letônia, RSS da Lituânia, RSS da Moldávia, RSFS da Rússia, RSS do Tadjique, RSS do Turcomenistão, RSS da Ucrânia e RSS do Uzbequistão.
A Federação Russa é o Estado sucessor para a URSS. A Rússia é o principal membro da Comunidade dos Estados Independentes e um reconhecido poder global, herdando seus representantes estrangeiros e muito de sua força militar da antiga União Soviética.
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História
A União Soviética é tradicionalmente considerada o sucessor do Império Russo e da sua curta sucessora, o Governo Provisório sob Yevgenyevich Georgy Lvov e depois Alexander Kerensky. O último czar russo, Nicholas II, governou até março de 1917, quando o Império foi derrubado e um breve governo provisório russo tomou o poder, o último a ser derrubado em novembro de 1917 por Vladimir Lenin.
De 1917 a 1922, o antecessor de a União Soviética era a República Socialista Federativa Soviética Russa (RSFSR), que era um país independente, assim como outras repúblicas soviéticas na época. A União Soviética foi oficialmente criada em dezembro de 1922 como a união do Russo (coloquialmente conhecido como Rússia bolchevique), ucraniano, bielo-russo, e Transcaucásia, repúblicas soviéticas governadas por partidos bolcheviques.
A União Soviética existiu até 1991, quando todas as repúblicas soviéticas declaram a sua independência com relação ao governo centralizado de Moscou.
Revolução de 1905 Manifestantes marchando em direção ao Palácio de Inverno.
O ano de 1905 é considerado o prólogo da Revolução Russa. A Rússia Czarista acabara de ser derrotada numa guerra contra um Japão pequeno e tecnologicamente atrasado. A derrota abalou a popularidade do Czar Nicolau II, e a revolta interna que se seguiu serviria de precedente para a revolução de 1917.
Revolução de 1917 Vladimir Ilitch Ulianov, conhecido como Lênin, líder dos bolcheviques.
O Partido Operário Social-Democrata, dividido nas correntes Bolchevique e Menchevique, em russo maioria e minoria respectivamente, iniciou a Revolução Russa de 1917, em duas etapas distintas. A queda do czar ocorreu em fevereiro, sendo instaurada então uma república, cuja estrutura de poder desde cedo se dividiu entre um parlamento convencional e sovietes (conselhos) populares que não se reconheciam mutuamente. As tensões assim geradas desembocaram na derrubada do Governo Provisório.
Em 7 de novembro de 1917, o líder bolchevista Vladimir Lenin encabeçou uma revolta contra o Governo Provisório (a Rússia ainda estava usando o calendário juliano, por isso, referências desse período citam a data de 25 de Outubro). A Revolução de Outubro terminou a fase da revolução promovida em fevereiro, substituindo o regime parlamentar pelo governo de sovietes, conselhos locais eleitos pelas populações. Os liberais e as forças monarquistas, frouxamente organizadas no Exército Branco, imediatamente entraram em guerra contra os bolcheviques Exército Vermelho.
Guerra civil
Entre 1918 e 1922, logo após a Revolução Bolchevique, teve início a Guerra Civil na Rússia, entre os revolucionários (exército vermelho) e os contra-revolucionários (exército branco), que tiveram o auxílio de tropas estrangeiras de intervenção, enviadas pela França, Reino Unido, Japão e Estados Unidos e mais 13 países. Os czaristas pretendiam acabar com o governo bolchevique e evitar que os ideais comunistas da Europa Ocidental se espalhassem. A guerra foi extremamente sangrenta, massacrou ambas as partes por três anos e acabou sendo vencida pelo Exército Vermelho. Os bolcheviques tomaram novamente o poder, organizados pelo Partido Comunista.
Esta guerra abalou ainda mais a economia russa, impedindo a implantação do socialismo.
Nova política econômica
Lenin implementou a Nova Política Econômica (NEP), que recuperou alguns traços de capitalismo para incentivar a nascente economia soviética. Desta forma, o PC russo e o governo dos sovietes pretendiam reconstruir a economia russa devastada pela invasão estrangeira e pela resistência das classes proprietárias a perda de seus incomensuráveis privilégios. A NEP, segundo Lenin, consistia num recuo tático caracterizado pelo restabelecimento da livre iniciativa e da pequena propriedade privada, admitindo o apoio de financiamentos estrangeiros. Lenin teria dito: "Um passo atrás para dar dois à frente".
Economia planificada e expurgos
Prisioneiros de um campo do gulag no trabalho, 1936-1937.
No ano de 1936, o regime de Josef Stalin expulsou ou executou um número considerável de membros do Partido, entre eles muitos dos seus opositores, nos atos que ficaram conhecidos como os "Grandes Expurgos".
Apesar de tudo, eles acreditavam que este seria o caminho para o comunismo, mas o rumo dessa forma social já estava traçado de forma totalmente distinta do que Marx e Lenin pensavam, não mais sendo uma forma voltada para a dissolução do próprio Estado e das classes sociais, mas agora, o regime sob o comando de Josef Stalin, já era uma forma social voltada para a cristalização (a ideia de socialismo dentro de um só país). Entre as coisas que foram feitas com esse efeito contam-se as nacionalizações e a aniquilação física da classe burguesa que o NEP havia recriado, com recurso aos gulags (campos de trabalho na Sibéria). Alguns teóricos criticam esta forma que Stalin utilizou para liquidar a propriedade privada, por não concordarem com ela, e por acharem que ela só mancha a imagem do comunismo perante o mundo pois o mesmo efeito poderia ter sido obtido sem a aniquilação física daquela classe. O desastre e a truculência autoritária das políticas stalinistas contribuíram muito para a deturpação do conceito criado por Marx, de ditadura do proletariado.
Após as nacionalizações, a economia foi planificada, de modo a que esta pudesse tirar proveito da sua nacionalização. De 5 em 5 anos passou-se a realizar planos quinquenais, nos quais se decidiam que fundos seriam aplicados e em que áreas.
Grande Guerra Patriótica
Medalha do Exército Vermelho
De 1941 a 1945, a participação da União Soviética na Segunda Guerra Mundial ficou conhecida como a Grande Guerra Patriótica, combatendo os soviéticos contra as forças invasoras da Alemanha nazi, ao lado dos Aliados ocidentais.
A Barbarossa (como foi chamada a operação de invasão da União Soviética pela Alemanha) teve início em 22 de Junho de 1941 quando três grupos de exércitos, totalizando mais de 191 divisões da Alemanha e seus aliados, atravessaram as fronteiras da então União Soviética. O Grupo de Exércitos Norte comandado por Wilhelm Ritter von Leeb tinha como objetivo ocupar as bases navais do mar Báltico e tomar Leningrado (segunda maior cidade e berço da revolução comunista - atualmente São Petersburgo) o Grupo de Exércitos Centro, comandando por Von Bock, visava avançar pela estrada de ferro de Varsóvia a Moscou ocupando as cidades de Minsk, Smolensk, Viazma e Moscou (maior cidade e capital do Poder Soviético). E o Grupo de Exércitos Sul, comandado por Gerd von Rundstedt, pretendia ocupar toda a Ucrânia (o "celeiro" da nação, pela grande produção de cereais). O avanço das tropas do Eixo foi fixado no seu avanço máximo em torno da linha que ia de Arkhangelsk ao norte e Astrakhan ao sul.
Hino União Soviética e Tributo ao Exército Vermelho
Stalin encontra Harry Truman e Clement Attlee em 1 de agosto de 1945, em Potsdam, ao final da Segunda Guerra Mundial.
O Exército Vermelho (assim chamado desde os tempos da guerra civil), apesar dos avisos vindos de várias fontes, foi apanhado de surpresa, fato este que possibilitou o fácil e rápido avanço das forças invasoras. Passando a surpresa inicial e arregimentado pela liderança do líder soviético Josef Stalin, os povos de todas as repúblicas soviéticas conseguiram resistir - no entanto, não sem sofrerem numerosas perdas humanas e materiais, tendo um terço do território na Europa (a mais rica e populosa) caído na mão do inimigo. Calcula-se que perto de 5 milhões de soldados do Exército Vermelho tenham sido mortos, capturados ou feridos nos primeiros 6 meses da guerra.
Apesar das significativas vitórias dos exércitos nazi-fascistas nas batalhas de Minsk, Smolensk, Viazma e Kiev, entre outras, a tenacidade da resistência dos soldados soviéticos, acrescentada pela mobilização do povo soviético diante do inimigo, fez com que a máquina de guerra nazista não alcançasse seus principais objetivos, que eram destruir o exército soviético e conquistar as principais cidades do país: Leningrado e Moscou.
A invasão da URSS
Em 22 de Junho de 1941, os exércitos do eixo lançaram-se à conquista do território soviético, com a chamada Operação Barbarossa. Contavam com 180 divisões, entre tropas alemãs, italianas, húngaras, romenas e finlandesas, num total de mais de três milhões e meio de soldados. A estes se opunham 320 divisões soviéticas, num total de mais de seis milhões de homens, porém apenas 160 destas divisões estavam situadas na região de fronteira com a Alemanha Nazi. Grande parte das tropas soviéticas estava na região leste do país, na fronteira com a China ocupada, antecipando a possibilidade de mais um ataque japonês contra a União Soviética, conforme acontecera em março de 1939.
Frente do Leste, na altura da Batalha de Moscou:
██ Avanço inicial da Wehrmacht - 9 de julho de 1941
██ Avanços subsequentes- 1 de setembro, 1941
██ Cerco e batalha de Kiev - 9 de setembro, 1941
██ Final do avanço da Wehrmacht - 5 de dezembro, 1941
A estratégia do Alto Comando Soviético (Stavka) no início facilitou a invasão, pois determinou que todas as unidades militares onde estivessem seguissem em direção à fronteira para barrar o avanço do inimigo. Com isso, as operações de cerco e destruição ficaram mais fáceis para os exércitos alemães. A partir de Outubro de 1941, com a reorganização do comando soviético, a estratégia adotada era de resistir onde era possível e retirar-se para ganhar tempo. Enquanto as operações estavam em andamento, ao mesmo tempo, iniciava-se uma grande operação de evacuação de toda a indústria e maquinaria que pudesse ter algum valor militar. O material foi transferido para os montes Urais, Ásia Central Soviética e para a Sibéria. O que era deixado para trás era destruído na retirada (a chamada "política da terra arrasada"). Enquanto isso, na retaguarda, as populações deixadas para trás organizavam grupos de guerrilha e sabotagem, prejudicando a logística das forças invasoras.
Esse nível de atrito era até então desconhecido pelos alemães (calculam-se em um terço as perdas das forças nazistas nos primeiros seis meses), que até então tinham obtido diversas vitórias (Polônia, França, Países Baixos, Bélgica, Noruega, Dinamarca, Iugoslávia, Luxemburgo e Grécia) com perdas insignificantes.
Na Batalha de Stalingrado, os soviéticos comandados pelo Marechal Georgy Zhukov finalmente conseguiram deter os alemães. A partir de Dezembro de 1941, em pleno inverno, iniciaram uma grande contra-ofensiva que fez ruir por terra a Blitzkrieg (guerra relâmpago) nazista.
Em retrocesso durante quase todo o conflito, o exército reverteu o jogo com heroísmo na defesa de Moscovo. Em seguida, fez retroceder os alemães até Berlim, depois da batalha de Kursk (URSS, 1943), a maior batalha terrestre da História até hoje: mais de 2 milhões de soldados participaram dela. O Exército Vermelho foi o primeiro a entrar na capital alemã e os seus soldados hastearam a bandeira soviética sobre o edifício do Reichstag (parlamento alemão), marcando simbólica e definitivamente a vitória aliada sobre o nazismo.
A Guerra Fria e a União Soviética
Mapa dos países pertencentes ao Pacto de Varsóvia.
Com o final da Segunda Guerra Mundial, a Europa estava arrasada e ocupada pelos exércitos das duas grandes potências vencedoras, os EUA e a URSS. O desnível entre o poder destas duas superpotências e o restante dos países do mundo era tão gritante, que rapidamente se constitui um sistema global bipolar, ou seja, centrada em dois grandes polos.
Os EUA defendiam a economia capitalista, argumentando ser ela a representação da democracia e da liberdade.Em contrapartida a URSS enfatizava o socialismo como resposta ao domínio burguês e solução dos problemas sociais.
Sob a influência das duas doutrinas, o mundo foi dividido em dois blocos liderados cada um por uma das superpotências: a Europa Ocidental e a América Central e do Sul sob influência cultural, ideológica e econômica estado-unidense, e a maior parte do Leste Asiático, Ásia central e Leste europeu, sob influência soviético. Assim, o mundo dividido sob a influência das duas maiores potências econômicas e militares da época, estava também polarizado em duas ideologias opostas: o Capitalismo e o Socialismo.
Divisão anterior a 1989, quando a Europa era dividida entre a União Soviética e países socialistas (laranja) e o bloco capitalista (cinza).
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os países europeus estavam semi-destruídos e sem recursos para se reconstruírem sozinhos, com isso as superpotências resolveram ajudar cada um de seus aliados, com objetivo de não perderem áreas de influência. Os Estados Unidos propõe a criação de um amplo plano econômico, o Plano Marshall, que tratava-se da concessão de uma série de empréstimos a baixos juros e investimentos públicos para facilitar o fim da crise na Europa Ocidental e repelir a ameaça do socialismo entre a população descontente.
A União Soviética propôs-se a ajudar seus países aliados, com a criação do Conselho para Assistência Econômica Mútua (COMECON). O COMECON fora proposto como maneira de impedir os países-satélites da União Soviética de demonstrar interesse no Plano Marshall, e não abandonarem a esfera de influência de Moscou.
Em 1949 os Estados Unidos e o Canadá, juntamente com a maioria da Europa ocidental, criaram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), uma aliança militar com o objetivo de proteção internacional em caso de um suposto ataque dos países do leste europeu.
Em resposta à OTAN, a URSS firmou entre ela e seus aliados o Pacto de Varsóvia (1955) para unir forças militares da Europa Oriental. Logo as alianças militares estavam em pleno funcionamento, e qualquer conflito entre dois países integrantes poderia ocasionar uma guerra nunca vista antes.
Este cenário de tensão mundial perdurou até 1991, quando a União Soviética acabou e consequentemente o fim de uma grande ameaça ao capitalismo e aos Estados Unidos. A Guerra Fria durou cerca de 45 anos e durante esse período o mundo já esteve perto da Guerra nuclear várias vezes.
Desestalinização
O Muro de Berlim foi construído na madrugada de 13 de agosto de 1961, durante a Era da desestalinização
Stalin morreu em 5 de março de 1953, deixando um vazio de poder que levou a uma disputa interna no PCUS (Partido Comunista da União Soviética) pela liderança, entre Malenkov, Beria, Molotov e Khrushchov - este último vencedor. Como sucessor de Stalin, Khrushchov empreendeu uma política de denunciar os abusos do seu antecessor. Durante o Congresso de 1956 do PCUS, Khrushchov divulgou uma série de crimes de Stalin, renegando a herança do estalinismo, estabelecendo, assim, uma nova postura e criando um novo paradigma para o comunismo internacional. A propaganda capitalista se utilizou muito dos argumentos engendrados por Khrushchov para fazer frente à URSS.
Nesta Era, houve a libertação de diversos prisioneiros políticos dos Gulags, um esforço sem precedentes foi realizado para a produção de bens de consumo, e também realizou numerosas reformas, muitas vezes citadas como precipitadas ou contraditórias, também esteve presente o Discurso secreto de Nikita Khrushchov, criticando o regime stalinista, e revelando os crimes de Stálin, e seus cultos à personalidade.
Não existe consenso quanto à contagem de vítimas do stalinismo. Determinadas estatísticas afirmam que entre 20 a 35 milhões de soviéticos morreram por fome, frio ou executados em campos de concentração ou de trabalhos forçados durante a época de Stalin.[2]
Corrida espacial
Acoplagem das naves Apollo e Soiuz: Em 1975, por conseqüência da distensão promovida por Brejnev, a corrida espacial se encerrava, dando lugar a um progresso científico espacial comum.
Como resultado da guerra fria, a União Soviética viu-se envolvida em uma corrida pela conquista do espaço com os EUA.O programa espacial soviético começou com uma grande vantagem sobre o dos EUA. Devido a problemas técnicos para fabricar ogivas nucleares mais leves, os mísseis lançadores intercontinentais da URSS eram imensos e potentes se comparados com seus similares estadunidenses. Logo, os foguetes para seu programa espacial já estavam prontos como resultado do esforço militar soviético resultante da guerra fria. Assim, na época em que a Sputnik foi lançada, a capacidade de lançamento da URSS era de 500 kg, enquanto que a dos EUA era de 5 kg. A União Soviética foi a nação que tomou a dianteira na exploração espacial ao enviar o primeiro satélite artificial, o Sputnik, e o primeiro homem ao espaço, Yuri Gagarin. Grande parte dos feitos espaciais da União Soviética devem-se ao talento do engenheiro de foguetes Sergei Korolev, o engenheiro-chefe do programa espacial soviético, que convenceu o líder Nikita Kruschov da importância da conquista do espaço.
A URSS (e mais tarde sua herdeira a Rússia) desenvolveram um consistente programa espacial, que incluiu experimentos de longa permanência no espaço, para determinar os efeitos da falta de gravidade sobre o organismo humano. Estas experiências tornaram-se a base do conhecimento que está sendo aplicado hoje na Estação Espacial Internacional.
Anos Brejnev: O retorno do Stalinismo, o Progresso Econômico e a Estagnação
A política de Brejnev
A deposição de Khrushchov e a posse de Leonid Brejnev representaram a volta da burocracia no poder, burocracia esta que existia na União Soviética desde os anos 30, mas que foi camuflada por Khrushchov para não se assemelhar a Stálin.[3] Brejnev desenvolveu a política de Brejnevismo, uma política neo-stalinista, que pretendia manter a União Soviética como eixo socialista no mundo, esta política era caracterizada stalinista por manter a hegemonia socialista, promover o culto da personalidade e manter uma burocracia na política, burocracia que, segundo Brejnev era impossível de remover sem apelar para meios utópicos.[4]
Erich Honecker e Leonid Brejnev recebem flores - Durante os anos Brejnev, as relações entre a Rússia e a Alemanha nunca estiveram tão cordiais e próximas.
Segundo ele, cada país deveria se unir e seguir um eixo comum: o caminho do socialismo para alcançar o comunismo, para ele, se cada país seguisse um caminho distinto, o comunismo nunca seria alcançado, mais tarde, Mikhail Gorbachov faria justamente isto, permitiria que cada país seguisse seu caminho, e o resultado disto foi o desmoronamento do socialismo nestes países, o que demonstra que a teoria de Brejnev é correta.[5] Brejnev tentaria reabilitar o nome de Stálin, que não era pronunciado pelos líderes soviéticos havia quase dez anos, mas não conseguiu, uma vez que as autoridades e o povo ficaram "chocados" com o que dissera Khrushchov a respeito de Stálin, mas a simbologia comunista na época de Stálin, incluindo propagandas socialistas, paradas e desfiles militares e o próprio culto à personalidade foram uma das principais características do regime de Brejnev. De qualquer forma, o seu regime político e de seus dois sucessores, Andropov e Chernenko tiveram características stalinistas, entre elas a grande atividade da espionagem, ainda que desta vez mais externamente do que internamente e o grande nível de expulsões do país à cidadãos contrários ao regime, incluindo a célebre expulsão de Alexander Soljenítsin da URSS. Foi durante a gestão de Brejnev que o hino soviético recuperou sua letra e propagandas anti-imperialistas eram lançadas na imprensa.[6] Durante esta época, a URSS conseguiu atingir seu auge político, militar e econômico, tendo grande influência em todo o mundo, desde a economia até os esportes.[7] Unindo ao medo americano do avanço comunista, Brejnev conseguiu um dos maiores arsenais e o maior exército do mundo, o que levou a um medo de uma guerra próxima, que por conseqüência levou à tratados de paz, que junto de outras táticas de pacificação conseguiu se distender com o ocidente, ficando conhecido com o nome de distensão.[8] Apesar de pacificar as coisas, diversas guerras a mando de Brejnev ocorreram, como a invasão da Tchecoslováquia em 1968, até a do Guerra do Afeganistão em 1979.[9] Uniu-se com a Iugoslávia e denunciava freqüentemente a aproximação chinesa com os Estados Unidos, mas por final, acabou entrando em consenso com a China em uma neutralidade. Na política interna, Brejnev permitiu a emigração de judeus para Israel, alegando que o correto era manter os problemas longe.[10] Visitava fábricas, casas e fazendas para cumprimentar os cidadãos e perguntar como iam as coisas, e sempre dizia que podiam suportar tudo, em exceção da guerra.[11]
Brejnev assiste a uma parada na Alemanha Oriental junto a Erich Honecker.
Brejnev sempre valorizava o interesse da classe trabalhadora, e dificilmente negou pedidos e sugestões do proletariado soviético.[11]
Sob sua gestão, a saúde e educação se tornaram prioridades, mantendo erradicado o analfabetismo e dando saúde, remédios e atendimen to médico para todos os cidadãos, inclusive estrangeiros. A taxa de cidadãos abaixo da linha de pobreza durante sua gestão era de 1,5%. A Rússia nunca mais chegou até este nível.[12]
Estabilidade e Estagnação
Entre 1956 e meados dos anos 1970, a União Soviética atingiu seu auge geopolítico e tecnológico. Foi a fase de maior crescimento econômico, envolvendo o esforça da reconstrução pós-II Guerra Mundial e a competição com os EUA no início da Guerra Fria. Entretanto, a partir do final dos anos 1970 começam a ficar claras as limitações do modelo soviético de economia planificada.
Richard Nixon e Leonid Brejnev discutem: os anos Brejnev foram caracterizados por muitas discussões e diplomacia.
A Crise do Petróleo dos anos 70 elevou a economia soviética, podendo o povo, em pleno regime socialista, consumir mais, muitas famílias puderam comprar novas tecnologias a mais, automóveis, fornos microondas e aparelhos eletrônicos, não eram novidade para muitos, mas mais de um automóvel e diversos aparelhos eletrônicos eram um sonho que dependiam de muita economia, e que agora tornava-se realidade para muitas famílias, dando um conforto material muito maior, sem ferir os princípios socialistas. O bem estar foi tanto, que as autoridades soviéticas chegavam a dizer que os países capitalistas estavam em crise.[12]
Por este profundo desenvolvimento econômico, político e militar, a economia soviética acabou estagnando no final dos anos 70, mas tal estagnação nem sequer chegava a ser classificada como crise, e nem previa que mais tarde, esta pequena estagnação se transformaria em uma crise profunda a ponto de desestruturar a economia soviética. Como a estagnação dos anos 1970 se transformou em uma crise profunda nos anos 80 a ponto de desestruturar a economia soviética é objeto de discusões até os dias de hoje. A comparação com a China que realizou uma transição mais bem sucedida para o capitalismo tem auxiliado a avaliar melhor o peso dos fatores estrutrurais e cojunturais nesta crise.[13]
Em termos estruturais a economia planificada talvez tenha sido a principal responsável pela crise, pois exigia que tudo que fosse produzido em todos os setores da economia estivesse planejado nos planos quinquenais. Na prática isto criava distorções, como excesso de determinados produtos (indústrias de base e de bens de capital) e escassez de outros (bens de consumo). Quando a produção de determinado produto era insuficiente para atender o consumo, ao invés dos preços subirem até inibir a demanda (como costuma ocorrer em uma economia de mercado) os produtos simplesmente se esgotavam e desapareciam da lojas e prateleiras dos supermercados.
Na prática os planos quinquenais tornavam a economia pouco flexível para enfrentar as flutuações de mercado internas ou externas. Quando havia uma seca ou problema na agricultura, e a produção de um determinado produto, por exemplo trigo, era inferior ao planejado, isto gerava uma série de problemas, pois faltava farinha e pão, e as metas de produção destes produtos também não era atingida.
Jimmy Carter e Leonid Brejnev assinam o SALT II em 18 de junho de 1979 em Viena, Áustria.
A economia planificada também acabou sendo direcionada para o fortalecimento dos setores industriais mais tradicionais, que tinham mais capacidade de lobbie junto à burocracia do partido. Assim, as grandes estatais, por exemplo do ramo siderúrgico, conseguiam mais verba para expandirem sua produção, mesmo quando havia excesso de aço na economia soviética. Os setores de bens de consumo também eram relegados ao segundo plano e recebiam menos investimentos em tecnologia. A maior parte da inovação tecnológica ficava concentrada nos setores bélico e aeroespacial, e diferentemnte dos Estados Unidos, onde as tecnologias duais eram transferidas para o setor civil (onde geravam novos produtos), na URSS as inovações eram tratadas como segredo de Estado e não contribuiam para dinamizar a economia. Em suma, os planos quinquenais acabavam priporizando o setor da indústria bélica em detrimento dos setores civis.
No início dos anos 80, Com Leonid Brejnev em uma saúde precária, o poder do país já acaba sendo dividido e exercido entre Iuri Andropov e Konstantin Chernenko, que mais tarde se tronariam os sucessores de Brejnev.
Os anos de Andropov e Chernenko seriam caracterizados pela continuação da política de Brejnev, um extremismo comunista, uma melhora na saúde e educação e repressão nos movimentos anticomunistas nos países do leste, alguns acreditam que o regime de Chernenko fora mais repressivo do que o de Brejnev, mas ambos os regimes tiveram uma grande opressão à movimentos que se opussessem ao comunismo muito semelhantes à Stálin.[12]
A crise nos anos 1980
Foto de combatentes mujahidins no Afeganistão durante a invasão soviética.
A estagnação econômica e os gastos militares excessivos crescentes começavam a comprometer os bons indicadores sociais e o crescimento econômico, as taxas de crescimento econômico, que nos anos 1950-1960 variaram de 5 a 8%, caiam para menos de 3%, até atingir crescimento zero na primeira metade dos anos 1980. Em 1980, a URSS deixa de ser a segunda maior economia do mundo e é ultrapassada pelo Japão.
A estagnação econômica da União Soviética transformou-se em crise ainda nos anos 1970. Entretanto alguns fatores, incluindo a boa administração econômica das autoridades na época permitiram que a URSS mantivesse uma economia planificada por mais tempo. A distensão da Guerra Fria, promovida por Brejnev, permitiu alguma redução dos gastos militares. A alta dos preços do petróleo (1973 e 1979-1980) e das comodities agrícolas permitiu que o país conseguisse aumentar as exportações totais, principalmente em moeda forte. O aumento das exportações permitiu que a URSS continuasse a enviar ajuda militar e econômica aos aliados pobres (principalmente na África), ao mesmo tempo em que reinjetava recursos na economia nacional. Entretanto a mudança de estratégia dos Estados Unidos no fim dos anos 1970 e início dos 1980, com a retomada da Guerra Fria e da corrida armamentista, iria aprofundar a crise soviética.
Os custos militares da Guerra Fria já estavam insustentáveis para a URSS no fim dos anos 1970. O país mantinha forças armadas de quase dois milhões de homens, sendo 1 milhão mobilizados na Europa Oriental. Quando a China se aproxima dos EUA nos anos 1970 e passa a ameaçar a URSS a situação piora. A China estacionou quase 1 milhão de homens nas fronteiras com a União Soviética, e para contrabalançar, esta teve que estacionar outro 1 milhão de homens na fronteira com a China. Os custos desta mobilização permanente começavam a se mostrar insutentáveis no início dos anos 1980 com o envolvimento soviético no conflito do Afeganistão.
Blindados soviéticos destruídos no Afeganistão.
A partir de 1978-1979 os Estados Unidos e alguns de seus aliados, como a Arábia Saudita, começaram a financiar e armar os mujahidins fundamentalistas islâmicos no Afeganistão, para que estes lutassem contra o governo socialista que havia se instalado neste país. Na prática os EUA criaram uma armadilha, que foi uma espécie de "Vietnã" para a União Soviética (nas palavras do então Conselheiro de Segurança do governo americano Zbigniew Brzezinski). Ou seja, uma guerra longa, com altos custos econômicos e humanos, sem chances de vitória, lutando contra um inimigo disperso e determinado, que recebia ajuda militar da outra superpotência rival.
Os custos da Guerra do Afeganistão (1979-1989) foram altíssimos para uma economia em crise como a soviética e acabaram tendo o efeito imaginado pelos EUA: estenderam ao máximo e desgastaram profundamente a capacidade econômica e militar da União Soviética. Aos custos da Guerra no Afeganistão somavam-se os custos crescentes da ajuda que o país tinha que enviar a países socialistas muito pobres e em guerra civil, como Angola, Moçambique e Etiópia, cujos governos enfrentavam o recrudescimento dos conflitos internos contra insurgentes apoiados pelos EUA.
Com a queda nos preços internacionais das comodities agrícolas, e principalmente do petróleo, entre 1984 e 1985, a URSS perdeu a principal fonte de divisas externas em moeda forte, e a crise se aprofundou ainda mais, pois o país não conseguia mais pagar suas importações
Cidade fantasma de Pripyat, evacuada após o acidente nuclear de Chernobil.
A situação torna-se desesperadora quando em 1986 ocorre o acidente nuclear de Chernobyl, na Ucrânia. Além dos custos imediatos, o vazamento de radiação contaminou a produção agrícola de grãos da Ucrânia, considerada o "celeiro agrícola da União Soviética". A URSS passou a ter que importar comida e não tinha recursos econômicos para isso. Em uma economia rigidamente planejada isto significou o racionamento de alimentos básicos como pão. A situação de crise profunda abria caminho para o colapso.
Segundo Angelo Segrillo [14][15], o fator militar não foi o fator principal da queda da URSS, pois o gasto soviético nesta área não cresceu significativamente, quando comparado com dados anteriores. A queda deveu-se principalmente a mudança do paradigma mundial de produção industrial, iniciado no início da década de 1970, passando do modelo Fordista, onde a produção era centralizada e com pouca flexibilidade, portanto mais adaptada ao modelo soviético, para o modelo Toyotista, descentralizado e flexível, incompátíveis com o modelo soviético de produção.
A tentativa de modernização acelerada da perestroika e da glasnost viria como proposta "salvadora" de Gorbatchov, mas não conseguiria mais reverter a crise.
A tentativa de modernização
Mikhail Gorbatchov foi o último dirigente soviético. Assumiu o cargo de secretário-geral da PCUS (Partido Comunista da União Soviética) em março de 1985, substituindo Konstantin Tchernenko, que faleceu naquele ano. O bom relacionamento com os membros do partido e a habilidade política foram fatores que credenciaram Gorbatchov a assumir o posto mais importante na hierarquia administrativa soviética. Defensor de idéias modernizantes, instituiu dois projetos inovadores: a perestroika (reconstrução econômica) e a glasnost (transparência política). Gorbachov acabou com a política Brejnevista, e iniciou a doutrina Sinatra, mencionando a canção My Way, do artista, que enfatiza que cada país deve seguir seu caminho, diferente de Brejnev, Chernenko e Andropov, que pensavam que cada país deveria se unir e seguir o mesmo caminho.
Postal soviético relaciona comemorações do Grande Outubro com a Perestroika e o Glasnost.
A Perestroika, que teve início em 1986, foi concebida para introduzir um novo dinamismo na economia soviética, que passava por sérios problemas. Para que os setores econômicos do país tivessem uma expansão qualitativa e quantitativa, foram introduzidos mecanismos para estimular a livre concorrência (e acabar com o monopólio estatal), desenvolver setores secundários de produção (bens de consumo e serviços não-essenciais) através da iniciativa privada e descentralizar as operações empresariais. No campo, foi estimulada a criação de cooperativas por grupos familiares e arrendamento de terras estatais. A proposta também foi incentivar empresas estrangeiras a atuarem no país.
Na área política e social, a Glasnost pretendeu colocar novos paradigmas no modo de vida soviético. Para que a União Soviética tivesse um desenvolvimento forte e profícuo, era necessário colocar uma nova mentalidade em todos os segmentos da sociedade. Assim, a proposta foi de acabar com a burocracia política, combater a corrupção e introduzir a democracia em todos os níveis de participação política. A glasnost também libertou dissidentes políticos e permitiu a liberdade de imprensa e expressão.
O fim da Guerra Fria e a contagem regressiva da União Soviética
Mikhail Gorbachev e Ronald Reagan assinam o tratado que limita os arsenais atômicos dos EUA e da URSS, na Casa Branca, 1987.
O ano de 1989 viu as primeiras eleições livres no mundo socialista, com vários candidatos e com a mídia livre para discutir. Ainda que muitos partidos comunistas tivessem tentado impedir as mudanças, a perestroika e a glasnost de Gorbachev tiveram grande efeito positivo na sociedade. Assim, os regimes comunistas, país após país, começaram a cair. A Polônia e a Hungria negociaram eleições livres (com destaque para a vitória do partido Solidariedade na Polônia), e a Tchecoslováquia, a Bulgária, a Romênia e a Alemanha Oriental tiveram revoltas em massa, que pediam o fim do regime socialista.
E na noite de 9 de Novembro de 1989 o Muro de Berlim começou a ser derrubado depois de 28 anos de existência. Antes da sua queda, houve grandes manifestações em que, entre outras coisas, se pedia a liberdade de viajar. Além disto, houve um enorme fluxo de refugiados ao Ocidente, pelas embaixadas da RFA, principalmente em Praga e Varsóvia, e pela fronteira recém-aberta entre a Hungria e a Áustria, perto do lago de Neusiedl.
A queda muro de Berlim em 9 de novembro de 1989.
Em 1990, com a reunificação alemã, a União Soviética cai para o posto de quarto maior PIB mundial. Este quadro piora rapidamente com a nova crise da transição para o capitalismo nos anos 1990, quando a Rússia torna-se o 15º PIB mundial. Entre 1987 e 1988 a URSS abdica de continuar a corrida armamentista com os Estados Unidos, assinando uma nova série de acordos de limitação de armas estratégicas e convencionais. A URSS inicia a retirada do Afeganistão e começa a reduzir a presença militar na Europa Oriental. O governo soviético pressiona aliados pela negociação de paz em conflitos como a Guerra Civil Angolana, onde os termos para o fim do conflito são estabelecidos em acordo com os EUA, Angola, Cuba e África do Sul. Esta nova postura também significou a redução de todas as formas de apoio (político, financeiro e comercial) que esta potência dava a regimes aliados em todo o mundo.
Um guindaste remove uma parte do muro de Berlim, perto de Porta de Brandenburgo em 21 de dezembro de 1989.
No plano interno, Gorbatchov enfrentou grandes resistências da oligarquia e dos burocratas partidários (os apparatchiks). A linha dura do partido via a postura de Gorbatchov no plano internacional como covarde e acusava-o de trair a URSS e o socialismo. Estes grupos eram contra a retirada do Afeganistão e defendiam que a URSS deveria intervir nos países da Europa Oriental que estavam passando por processos de democratização e abandonavam o socialismo, como a Polônia. Em 1991, setores mais belicistas do governo soviético defenderam que a URSS deveria ter apoiado o Iraque na Guerra do Golfo contra a coalizão de países liderada pelos Estados Unidos e passaram a criticar o governo Gorbatchov como fraco.
A Queda no Muro - Telejornais
Tratado da União dos Estados Soberanos
As Repúblicas Soviéticas, que elaboraram o novo Tratado da União(vermelho e laranja), e as repúblicas não-participantes (preto).
Na metade do ano de 1990 e início de 1991, a situação política e econômica na União Soviética se agravou e pra tentar reverter essa crise o presidente Mikhail Gorbatchov, pensou em primeiro resolver o problema político e étnico soviético para depois reformar a economia. O novo Tratado da União dos Estados Soberanos foi um projeto de tratado que teria substituído o de 1922 (Tratado da Criação da URSS) e, portanto, teria substituído a União Soviética por uma nova entidade chamada União de Estados Soberanos, uma tentativa de Mikhail Gorbachev para recuperar e reformar o Estado soviético.
O Presidente Gorbachev tentou ganhar o apoio popular à proposta. Em 17 de marco de 1991 referendo foi realizado em nove das quinze repúblicas (RSFS da Rússia, RSS da Ucrânia, RSS da Bielo-Rússia, RSS do Cazaquistão, RSS do Azerbaijão ,RSS do Usbequistão, RSS do Quirguistão, RSS do Turcomenistão e RSS do Tadjiquistão) que participou da elaboração do tratado. No referendo, 76% dos eleitores da URSS apoiaram a manutenção do sistema federativo da União Soviética, incluindo a maioria de todas as nove repúblicas. A oposição era parte integrante das grandes cidades, como Moscou e Leningrado. O referendo foi boicotado nas outras seis repúblicas que favoreceu a independência.
Um acordo entre o governo central e nove repúblicas soviéticas, o acordo "9+1", foi finalmente assinado em Novo-Ogaryovo, em 23 de abril. O novo Tratado da União transformava a União Soviética em uma federação de repúblicas independentes, com um presidente, a política externa e militar comum.
Em agosto, oito dos nove repúblicas excepto a Ucrânia, aprovou o novo projecto de Tratado a certas condições. A Ucrânia concordou com os termos do tratado. Em 17 de Março de referendo, a maioria dos residentes na Ucrânia apoiaram a união em termos da Declaração de Soberania do Estado da Ucrânia.
O dia para ser posto em prática esse novo tratado, estava previsto para acontecer no dia 20 de agosto do mesmo ano.
Golpe de Agosto de 1991
Tanques na Praça Vermelha durante a tentativa de golpe de 1991.
Em 19 de Agosto de 1991, um dia antes de Gorbachev e um grupo de dirigentes das Repúblicas assinarem o novo Tratado da União, um grupo chamado Comité Estatal para o estado de emergência (Государственный Комитет по Чрезвычайному Положению, ГКЧП ', pronunciado GeKaTchePe) tentou tomar o poder em Moscou. Anunciou-se que Gorbachev estava doente e tinha sido afastado de seu posto como presidente. Gorbachev foi, então, em férias a Criméia onde a tomada do poder foi desencadeada e lá permaneceu durante todo o seu curso. O vice-presidente da União Soviética, Gennady Yanaiev, foi nomeado presidente interino. A comissão de 8 membros, incluindo o chefe da KGB Vladimir Krioutchkov e o Ministro das Relações Exteriores, Boris Pougo, o ministro da Defesa, Dmitri Iazov, todos os que concordaram em trabalhar sob Gorbachev.
Manifestações importantes contra líderes do golpe de Estado ocorreram em Moscou e Leningrado, lealdades divididas nos ministérios da Defesa e Segurança impediam as forças armadas de vir para superar a resistência que o Presidente da Rússia Boris Yeltsin dirigia desde a Câmara Branca, o parlamento russo. Um assalto do edifício projetado pelo Grupo Alfa, Forças Especiais da KGB, depois que as tropas foram recusando-se unanimemente a obedecer. Durante uma das manifestações, Yeltsin permaneceu de pé em um tanque para condenar a "Junta". A imagem disseminada pelo mundo foi à televisão, torna-se um dos mais importantes do golpe de Estado e reforça fortemente a posição de Yeltsin. Ocorrem confrontos nas redondezas das ruas que conduziram o assassinato de três protestantes, Vladimir Ousov, Dmitri Komar e Ilia Krichevski, esmagados por um tanque, mas, em geral, houve poucos casos de violência. Em 21 de Agosto de 1991, a grande maioria das tropas que são enviadas a Moscou se coloca-se abertamente ao lado dos manifestantes ou são desertores. O golpe falhou e Gorbachev, que tinha atribuído à sua residência dacha na Criméia, regressou a Moscou.
Após o seu regresso ao poder, Gorbachev prometeu punir os conservadores do Partido Comunista da União Soviética (PCUS). Demitiu-se das suas funções como secretário-geral, mas continua a ser presidente da União Soviética. O fracasso do golpe de Estado apresentou uma série de colapsos das instituições da união. Boris Yeltsin assumiu o controle da empresa central de televisão e os ministérios e organismos económicos.
O colapso da União Soviética
A derrota do golpe e o caos político e econômico que se seguiu agravou o separatismo regional e acabou levando à fragmentação do país.
Barricada em Riga para impedir o exército soviético de chegar ao Parlamento letão, julho de 1991.
Em setembro as repúblicas bálticas (Estônia, Letônia e Lituânia) declaram a independência em relação a Moscou. Em 1º de Dezembro, a Ucrânia proclamou sua independência por meio de um plebiscito que contou com o apoio de 90% da população. E entre outubro e dezembro 11 (com as 3 repúblicas bálticas e a Ucrânia) das 15 repúblicas soviéticas declaram independência. Em 21 de dezembro líderes da Federação Russa, Ucrânia e Bielorússia assinaram um documento onde era declarada extinta a União Soviética. E no seu lugar era criada a CEI (Comunidade dos Estados Independentes). No dia de Natal de 1991 , em cerimônia transmitida por satélite para o mundo inteiro, Gorbatchov que estava á 6 anos no poder declara oficialmente o fim da URSS e renúncia a presidência do país e após isso, a bandeira com a foice e o martelo é retirada do Kremlin e a bandeira russa é colocada em seu lugar. A União Soviética se dissolveu oficialmente em 31 de dezembro de 1991, após 69 anos de existência. A Federação Russa ficou conhecida como sua sucessora, pois ficou com mais da metade do antigo território soviético, além da maioria do seu parque industrial e militar.
Comunidade dos Estados Independentes
Formação da CEI, o fim oficial da União Soviética.
Em 1991, a popularidade de Gorbachev estava em baixa, por causa da falta de resultados das suas reformas na tentativa de melhorar a vida da população. Nesse momento, setores do governo contrários às reformas, como membros da velha guarda do Partido Comunista e alguns militares, decidiram tentar dar um golpe de estado. Os golpistas não contavam com a mobilização popular e com a liderança do presidente da república da Rússia, Boris Yeltsin. Depois de apenas três dias, a tentativa de golpe fracassou. Gorbachev voltaria ao poder enfraquecido, por causa da ascensão de Yeltsin. O golpe também havia sido a gota d'água que faltava para o desmoronamento da União Soviética. Uma semana depois, numa espécie de golpe branco contra Gorbatchev, os presidentes das repúblicas da Rússia, Ucrânia e Bielo-Rússia, reunidos na cidade de Brest (Bielo-Rússia), criaram a Comunidade de Estados Independentes (CEI), decretando o fim da União Soviética. Diante disso, James Baker, secretário de Estado norte-americano, declarou: "O Tratado da. União sonhado pelo presidente Gorbatchev nunca esteve tão distante. A União Soviética não existe mais". De fato, em 17 de dezembro Gorbatchev foi comunicado de que a União Soviética desapareceria oficialmente na passagem de Ano Novo.
No dia 21 de dezembro, os líderes de 11 das 15 repúblicas soviéticas reuniram-se em Alma Ata, capital do Casaquistão, para referendar a decisão da Rússia, Ucrânia e Bielo-Rússia e oficializar a criação da Comunidade de Estados Independentes e o fim da União Soviética. Gorbatchov governava sobre o vazio. O fim da União Soviética se aproximava, deixando perplexo o mundo inteiro. Em 17 de dezembro de 1991, Gorbatchev era informado de que a União Soviética deixaria de existir na passagem do ano. Antecipando-se em alguns dias, o idealizador da Perestroika renunciou no dia de natal de 1991. Participam da CEI 11 das 15 repúblicas soviéticas (Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Casaquistão, Quirguistão, Moldávia, Rússia, Tajiquistão, Ucrânia e Uzbequistão).
Geografia
A URSS era o maior país do planeta,estendendo-se desde Murmansk a Vladivostok junto ao Pacífico, junto a fronteira com ou seja, a sua paisagem era muito variada de região a região. Ao norte, o litoral ártico é o domínio da tundra. Ao Sul da tundra estende-se o domínio da floresta boreal (taïga).Mais ao Sul ainda, a floresta enriquece-se de árvores com muitas folhas, que cobrem principalmente a parte oriental da planície europeia bem como o Sul da Rússia extremo-oriental. Para o Sul, a floresta degrada-se e se torna um estepe com poucas áreas com montanhas. Ainda há desertos no sul do país. E na parte européia desenvolve-se sobre terras pretas muito férteis várias plantas de clima temperado.
Mapa topográfico da URSS.
Demografia
Este mapa mostra a localização geográfica de 1974 vários grupos étnicos dentro da União Soviética.
Segundo dados do censo de 1989 Soviética, a maioria da população da União Soviética era ateu, de origem étnica russa e viveu na Europa Oriental e na Rússia República Socialista Federativa Soviética, a República Soviética que compreendia dois terços do território da URSS. A população era composta por cerca de 70% Eslavos do Leste, 12% povos turcos, e todos os outros grupos étnicos abaixo de 10%. Juntamente com a maioria ateu de 60% havia minorias de Ortodoxa Russa (aprox. 20%) e muçulmana (cerca de 15%) seguidores. A maioria da população falava o idioma russo e utilizado o alfabeto cirílico.
• População: 290.938.469 (Julho 1990)
• Taxa de crescimento populacional: 0,7% (1990)
• Taxa bruta de natalidade: 18 nascimentos/1.000 habitantes (1990)
• Taxa bruta de mortalidade: 10 mortes / 1.000 habitantes (1990)
• Taxa de migração líquida: 0 imigrantes / 1.000 habitantes (1990)
• Taxa de mortalidade infantil: 24 mortes por 1.000 nascidos vivos (1990)
• A esperança de vida ao nascer: 65 anos do sexo masculino, 74 anos feminino (1990)
• Taxa de fecundidade total: 2,4 filhos por mulher (1990)
• Alfabetização: 99%
Nacionalidades
O estado extensa multinacionais que os comunistas herdaram após a sua Revolução, que foi criado pela expansão czarista por quase quatro séculos. Alguns grupos de nações aderiram voluntariamente ao Estado, mas a maioria foram anexados à força. Geralmente, os russos eram a maioria das regiões não-russas do império e tinham muita pouca semelhança em termos de cultura, religião e língua com os russos. Portanto, os antagonismos nacionais desenvolvidos ao longo dos anos não só contra os russos, mas muitas vezes entre algumas das nações da União Soviética.
Por quase setenta anos, os líderes soviéticos tinham mantido que o atrito entre as muitas nacionalidades da União Soviética tinha sido erradicada e que a União Soviética era uma família de nações que vivem harmoniosamente. No entanto, o fermento nacional que abalou todos os cantos da União Soviética, na década de 1980 provou que setenta anos de regime comunista haviam falhado na erradicação das diferenças étnicas e nacionais e que as culturas e as religiões tradicionais reemergeriam à menor oportunidade. Esta realidade enfrentada por Gorbachev e seus colegas significava que, dada a baixa confiança no uso tradicional da força, teve de encontrar soluções alternativas para evitar o colapso da União Soviética.
As concessões atribuídas culturas nacionais e a autonomia limitada tolerada nas repúblicas da União durante o ano de 1920 levou ao desenvolvimento das elites nacionais e um senso de identidade nacional. A repressão posterior e a Russificação provocou ressentimento contra a dominação por parte de Moscovo e promoveu um maior crescimento da consciência nacional. Sentimentos nacionais foram exacerbadas no Estado soviético multinacional do aumento da concorrência por recursos, serviços e obras.
Grupos Religiosos
A Catedral de São Basílio localizada na Praça Vermelha em Moscou, foi o maior ícone da religião na União Soviética.
O Estado foi separado da Igreja, por decreto do Conselho dos Comissários do Povo, em 23 de janeiro de 1923. Os números oficiais sobre o número de crentes religiosos na União Soviética não estavam disponíveis em 1989. Mas de acordo com várias fontes soviéticos e ocidentais, cerca de um terço da população da União Soviética, estado oficialmente ateu, professa uma crença religiosa. O Cristianismo e o islamismo estavam lutando pela maioria dos crentes. Cristãos dividiam-se em várias igrejas: ortodoxa, que teve o maior número de seguidores, a Igreja Católica, Batista e vários outros ramos protestantes. Havia muitas igrejas neste país (7.500 Igrejas Ortodoxas Russas em 1974). A maioria dos seguidores da fé islâmica era sunita. O judaísmo também teve muitos seguidores. Havia outras religiões praticadas por um número relativamente pequeno de fiéis, incluindo budismo lamaísmo e xamanismo (religião baseada em um espiritualismo primitivo). O papel da religião na vida quotidiana dos cidadãos soviéticos variava muito. Porque os preceitos religiosos islâmicos e os valores sociais de muçulmanos estão intimamente relacionados, a religião parece ter maior influência sobre os muçulmanos do que cristãos ou outros crentes. Dois terços da população soviética, porém, não tinha crenças religiosas. Cerca de metade das pessoas, incluindo membros do PCUS e altas autoridades em nível de governo eram ateístas. Portanto, para a maioria dos cidadãos soviéticos, a religião parecia irrelevante. Ainda assim, o Estado também passou a controlar as crenças dos russos e a perseguição religiosa sob o comando de Stálin fez com que muitos seguidores fossem perseguidos e enviados para Gulags.
Política
O Kremlin de Moscou era a sede oficial do governo da URSS.
O governo da União Soviética implementava as decisões tomadas pela principal instituição política do país, o Partido Comunista da União Soviética (PCUS). O país era uma ditadura e o PCUS controlava toda a economia e a sociedade soviética. Mas a partir dos anos 80, o país começa a mudar radicalmente, com as reformas feitas por Mikhail Gorbatchov. No final dos anos 1980, o governo parecia ter muito em comum com os sistemas políticos das democracias liberais. Por exemplo, a constituição soviética estabelecia todas as instituições do governo e concedia aos cidadãos uma série de direitos políticos e civis. Uma casa legislativa, o Congresso dos Deputados do Povo, e sua comissão legislativa permanente, o Soviete Supremo, representavam o princípio da soberania popular. O Soviete Supremo, cujo presidente eleito servia de chefe de Estado, supervisionava o Conselho de Ministros, que exercia o poder Executivo. O presidente do Conselho de Ministros, cujo nome era aprovado pelo Soviete Supremo, por sua vez, atuava como chefe de Governo. O poder Judiciário, previsto na constituição, era formado por um sistema de tribunais encabeçado pela Suprema Corte. Conforme a constituição soviética de 1977, o governo possuía uma estrutura federativa, o que dava às repúblicas certa autonomia quanto à implementação de políticas e oferecia às minorias nacionais uma aparente participação na administração de seus próprios assuntos.
Na prática, porém, o governo diferia consideravelmente dos sistemas ocidentais. No final dos anos 1980, o PCUS exercia muitas das funções geralmente atribuídas aos governos de outros países. Por exemplo, o partido decidia as políticas a serem aplicadas pelo governo. Este apenas ratificava as decisões do partido de modo a conferir-lhes uma aura de legitimidade.
Líderes da União Soviética
Leonid Brejnev.
• Secretários-gerais do Partido Comunista
o Vladimir Ilich Ulyanov (Lenin) (1921-1924)
o Josef Stalin (1924-1953)
o Nikita Khrushchov (1953-1964)
o Leonid Brezhnev (1964-1982)
o Yuri Andropov (1982-1984)
o Konstantin Chernenko (1984-1985)
o Mikhail Gorbatchev (1985-1991)
• Presidentes do Conselho de Ministros da União Soviética
o Vladimir Ilitch Ulianov (Lenin) (1917-1924)
o Aleksei Rykov (1924-1930)
o V. M. Molotov (1930-1941)
o Josef Stalin (1941-1953)
o Geórgiy Malenkov (1953-1955)
o Nikolai Bulganin (1955-1958)
o Nikita Khrushchov (1958-1964)
o Alexei Kossygin (1964-1980)
o Nikolai Tikhonov (1980-1985)
o Nikolai Rizhkov (1985-1991)
o Valentin Pavlov (1991)
• Presidentes do Presidium do Soviete Supremo (Chefes de Estado)
Gorbachev no Fórum Urbano Mundial Barcelona/2004. Fonte: Antônio Milena/ABr.
o Mikhail Ivanovich Kalinin (1922-1946)
o Nikolai Chvernik (1946-1953)
o Kliment Vorochilov (1953-1960)
o Leonid Brezhnev (1960-1964)
o Anastas Mikoyan (1964-1965)
o Nikolai Podgorny (1965-1977)
o Leonid Brezhnev (1977-1982)
o Vassíli Vassilievitch Kuznetsov (1982-1983)
o Yuri Andropov (1983-1984)
o Konstantin Chernenko (1984-1985)
o Vassíli Vassilievich Kuznetsov (1985)
o Andrei Gromiko (1985-1988)
o Mikhail Gorbachov (1988-1991)
Relações internacionais e forças armadas
Mapa do Comecon (1986) que inclui a União Soviética e seus aliados.
██ membros
██ membros que não participavam
██ associados
██ observadores
Desde a sua criação em 1922, a União Soviética sempre manteve uma política agressiva com os outros países do mundo. Após a sua criação em 1922 ela passou cerca de 20 anos isolada do mundo pelos países capitalistas ocidentais. Após a Segunda Guerra Mundial a URSS emerge como superpotência mundial e controla um poderoso bloco socialista.
Os Estados Unidos e a URSS foram as duas superpotências durante a Guerra Fria. Na foto, Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev reunem-se em 1985.
Durante a Guerra Fria as relações entre Estados Unidos e União Soviética se deterioram e somente a partir de 1985 é que começam as iniciativas eficazes de paz entre as duas superpotências. As relações entre a URSS e os seus países satélites na maioria das vezes foram de paz, mas houve países socialistas que acabaram saindo da área de influência de Moscou como China e Iugoslávia.
A União Soviética era membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, o país líder do Pacto de Varsóvia( aliança militar do bloco socialista) e membro do COMECON. Além de desempenhar um papel decisivo nas relações internacionais nos tempos da Guerra Fria.
A União Soviética produziu equipamentos militares que são usados e reverenciados até os tempos atuais. Entre eles estão o fuzil AK-47 e o caça MiG-29. Deixou também uma grande quantidade de bombas atômicas à Federação Russa que especula-se manter em estoque 37 ogivas apenas herdadas do regime soviético. A estrutura física militar da Russia é em sua maioria também herdada do antigo regime. Deixou também muita sucata o que levanta debates em ecologistas em como armas químicas e biológicas são dispensadas no meio ambiente.
Desfile militar anual em Moscovo, que comemora o aniversário 66 da Revolução de Outubro. O banner na parte superior se lê: "Glória ao PCUS!"
A URSS sempre foi uma potência militar, seu Exército, foi o responsável pelo suicídio de Adolf Hitler e por grande parte das exterminações dos nazistas na 2ª Guerra Mundial.
Depois da Segunda Guerra Mundial, o Exército Vermelho foi o eixo do Pacto de Varsóvia, a organização militar de defesa mútua integrada pelos países do Bloco Socialista no Leste Europeu. O armamento nuclear soviético aumentou proporcionalmente ao dos americanos.
Depois de derrubado o regime soviético, em 1991, o Exército Vermelho foi desmantelado e desapareceu como tal. No entanto, o atual Exército da Federação Russa ainda utiliza muitos dos símbolos da organização do Exército Vermelho da União Soviética.
Símbolos nacionais
Bandeira da União Soviética.
A primeira bandeira oficial da União Soviética foi adotada em julho de 1923. Tinha o aspecto proporcional de 1:4 com o brasão de armas do Estado no centro. Esta foi a bandeira oficial por quatro meses, sendo substituída depois pelo conhecido estilo do "martelo e foice" em 13 de novembro de 1923. A bandeira da União Soviética consistia em uma bandeira vermelha plana, com um martelo cruzado com uma foice e uma estrela vermelha na ponta desta. O martelo simbolizava os trabalhadores industriais da nação, enquanto a foice simbolizava os agricultores. A estrela vermelha representava o domínio do Partido Comunista. O reverso da bandeira era vermelho, liso.
Uma modificação na bandeira foi adotada em 15 de agosto de 1980 deixando-a de cor vermelha sólida, sem martelo, foice ou outros símbolos no reverso. Além disso, a cor recebeu brilho naquela época. Com a dissolução da URSS em 3 de dezembro de 1991, a bandeira deixou de ser uma bandeira nacional. No entanto, em 15 de abril de 1996, o presidente russo Boris Iéltsin assinou um decreto presidencial dando à bandeira soviética (chamada de bandeira da vitória, após ter sido hasteada sobre o Reichstag em 1º de maio de 1945) um status semelhante àquele da bandeira nacional.
Brasão de armas da União Soviética.
O brasão estatal da União Soviética (em Russo: Государственный герб СССР) foi adoptado em 1923 e usado até à queda da União Soviética em 1991. Embora tecnicamente seja um emblema e não um brasão, dado que não segue as regras heráldicas, em Russo chama-se герб (transliteração: gerb), a palavra usada para um brasão clássico. Aqui à direita está o último brasão da União, de 1958 a 1991.
O brasão de armas mostra um tradicional emblema Soviético com a foice e o martelo, e a estrela vermelha sobre um globo. Rodeando esta composição, estão duas grinaldas de trigo cobertas pelo lema estatal (Trabalhadores do mundo, uni-vos!) nas línguas oficiais das Repúblicas Soviéticas, em ordem contrária à qual foram mencionadas na Constituição da União Soviética. Cada República Soviética (RSS) e República Soviética Autónoma (RSSA) tinha o seu próprio brasão, fortemente inspirado no brasão da União.
Hinos
• A Internacional (O Internatsionale em russo), até 1944.
Vídeo de A Internacional em Português
• Hino da União Soviética (Гимн Советского Союза, Ghimn Sovetskovo Soyuza), de 1944 a 1991.
Repúblicas
Constitucionalmente, a União Soviética era uma federação das Repúblicas Socialistas Soviéticas (RSSs) e da República Socialista Federativa Soviética da Rússia (RSFSR), embora a regra do altamente centralizado Partido Comunista soviético fez federalismo meramente nominal.
O Tratado sobre a criação de a URSS foi assinado em dezembro de 1922 por quatro repúblicas da fundação, a RSS da Rússia, RSS da Transcaucásia, RSS ucraniano e bielo-russa RSS.
Em 1924, durante a delimitação nacional na Ásia Central, o Usbequistão eo Turcomenistão SSRs foram formadas a partir de partes do Turquestão do RSFSR de ASSR e duas dependências Soviética, a Khorezm e SSR Bukharan. Em 1929, o Tadjiquistão foi dividido a partir da RSS do Usbequistão. Com a Constituição de 1936, os constituintes da República Socialista Federativa Soviética da Transcaucásia, ou seja, da Geórgia, Arménia e Azerbaijão SSRs, foi elevada à repúblicas da União, enquanto o Cazaquistão e Quirquiatão foram separados da República Soviética da Rússia.
Em agosto de 1940 a União Soviética formou o RSS da Moldávia a partir de partes da RSS da Ucrânia e partes da Bessarábia anexou da Roménia, bem como anexo os Estados bálticos, a Estónia, Letónia e da Lituânia. O SSR Carélia Finlandesa, foi dividido a partir do RSFSR março 1940 e incorporada em 1956.
Entre julho 1956 e setembro de 1991, havia 15 repúblicas na União Soviética (ver mapa abaixo).
As Repúblicas da União Soviética (1956 — 1989)
Mapa da União Soviética
1 RSS da Armênia 2 RSS do Azerbaijão 3 RSS da Bielorrússia 4 RSS da Estônia 5 RSS da Geórgia 6 RSS do Cazaquistão 7 RSS do Quirguistão 8 RSS da Letônia 9 RSS da Lituânia 10 RSS da Moldávia
11 RSFS da Rússia 12 RSS do Tadjiquistão 13 RSS do Turcomenistão Ashkhabad 14 RSS da Ucrânia-Kiev 15 RSS do Uzbequistão
Economia
Nota de um rublo da União Soviética (1961)
Antes de 1917, a União Soviética era essencialmente uma região agrícola. Tinha muitos recursos naturais, mas não estava equipada para pôr em prática os planos de Lenin para a implantação do socialismo. Mesmo por que o país estava totalmente arrasado por causa da revolução e da guerra civil. Lenin implementou a Nova Política Econômica (NEP), que recuperou alguns traços de capitalismo para incentivar a nascente economia soviética. Após a morte de Lenin e a subida de Josef Stalin no poder da URSS a NEP foi extinta e a economia nacionalizada totalmente. Após as nacionalizações, a economia foi planificada, de modo a que esta pudesse tirar proveito da sua nacionalização. De 5 em 5 anos passou-se a realizar planos quinqüenais, nos quais se decidiam que fundos seriam aplicados e em que áreas.
Após 1945 a URSS iniciou um surto de progresso econômico e nas décadas de 50, 60, 70 e 80 a economia soviética era a segunda maior economia do planeta atrás apenas dos EUA. Entretanto, esse surto econômico da URSS durou até a década de 70. Durante toda a década de 70 a economia soviética se mostrou estagnada. Em 1980 a economia soviética estava em crise, que perdurou até o seu fim em 1991. Em 1985 surge a perestroika e a glasnost, programas de reformas feitos pelo então presidente soviético Mikhail Gorbatchov. Essas reformas visavam reestruturar a URSS tanto na economia quanto na sociedade. Mas os efeitos foram contrários do que Gorbatchov previu e essas reformas acabaram por levar a URSS ao seu fim irreversível, em 1991.
A economia da União Soviética foi uma controlada pelo governo, de economia planificada, onde o governo controlava os preços ea troca de moeda. Assim, seu papel era diferente do de uma moeda em uma economia de mercado, porque a distribuição dos produtos era controlada por mecanismos que não a moeda. Apenas um conjunto limitado de produtos podem ser comprados livremente, assim, o rublo tinha um papel semelhante ao figurinhas ou selos de alimentos. A moeda não foi internacionalmente trocável e sua exportação era ilegal. A súbita transformação de uma "não-soviética" moeda em uma moeda do mercado contribuiu para as dificuldades econômicas após o colapso da economia soviética planejada.
A URSS sublinhava sempre a sua natureza comunista. Toda a produção, comércio, serviços, ação social, desportos e a maioria da habitação urbana estavam nas mãos do Estado. Os soviéticos, segundo dados de 1985, usufruíam de um rendimento anual per capita de 7 400 US$. A União Soviética estava em crise econômica, mas ainda tinha uma economia poderosa. O seu PIB em 1985 foi de 1,2 trilhão de dólares.
Agricultura
A agricultura foi organizado em um sistema de fazendas coletivas (kolkhozes) e as fazendas estatais (sovkhozes). Organizado em grande escala e altamente mecanizada, a União Soviética foi um dos principais produtores mundiais de cereais, embora as más colheitas (como em 1972 e 1975) tiveram que fazer importações necessárias e isso retardou a economia. O plano 1976-1980 de cinco anos transferiram recursos para a agricultura, e em 1978 viu uma safra recorde seguido por outra queda na produção global em 1979 e 1980 de volta aos níveis atingidos em 1975. Beterraba, algodão, açúcar, batata, e o linho foram as principais culturas.
O primeiro trator apresenta um Realismo Socialista de mecanização do país, no começo dos anos 1930.
No entanto, apesar dos recursos, da terra imensa, máquinas extensa e indústrias químicas, e uma grande força de trabalho rural, a agricultura soviética era relativamente improdutiva, dificultada em muitas áreas, pelo clima (apenas 10% das terras da União Soviética eram aráveis) E a produtividade dos trabalhadores era pobre, já que a colectivização era da década de 1930. Falta de infra-estrutura de transportes também causou muito desperdício.
Uma visão do fraco desempenho dos soviéticos fazendas coletivas é assegurada por dois historiadores, M. Heller e A. Nekich. Os autores relatam que, em 1979, 28% da produção agrícola da União Soviética foi a partir de pequenas parcelas de cidadãos privados, o que representou menos de 1% da terra cultivada. Assim, segundo eles, fazendas coletivas eram muito ineficientes.
As condições eram melhores na faixa de clima temperado e da terra preta que se estende do sul da Rússia através da Ucrânia para o oeste, abrangendo as porções do extremo sul da Sibéria.
Energia
As fontes energéticas da União Soviética existiam em abundância durante toda a vida do país. A União Soviética foi praticamente uma nação auto-suficiência em energia, o desenvolvimento do setor de energia começou com a política da autarquia de Joseph Stalin. Durante os 70 anos de existência do país, a principal maneira de garantir o crescimento econômico foram baseados em grandes entradas de recursos naturais, no entanto, na década de 1960 este método mostrou-se menos eficiente. Em contraste com outras nações que compartilhavam a mesma experiência, a inovação tecnológica não era forte o suficiente para substituir o sector da energia em importância. Durante os anos seguintes, o mais notável durante a estagnação de Brejnev, as autoridades soviéticas explorando combustíveis e matérias-primas provenientes de áreas intra-hospitalar, principalmente Sibéria, esqueceram dos problemas econônicosdo país.
Além do petróleo e do gás natural, a URSS também tinha uma enorme rede de usinas hidrelétricas.
A construção da indústria nesses locais necessários para entrada maciça de dinheiro, pelo regime soviético, foram uma parte das causas mostradas mais na frente da crise na URSS e o seu futuro colapso. Os recursos energéticos ainda eram a espinha dorsal da economia soviética na década de 1970, como pode ser visto durante a crise do petróleo de 1973, pôs um prêmio sobre os recursos energéticos soviéticos. Os altos preços dos recursos energéticos no rescaldo da crise do petróleo de 1973, levou as autoridades soviéticas a participar mais activamente no comércio exterior com os países do Primeiro Mundo. Em troca de recursos energéticos, os soviéticos iriam receber conquistas tecnológicas do Primeiro Mundo. Para tanto, sob Leonid Brezhnev, a União Soviética deixou de ser uma economia isolada a ser um país que tenta se integrar no mercado mundial.
Infra-estrutura
Educação
Alunos soviéticos, saindo da escola.
Antes de 1917, a educação não era livre e só foi fornecida à nobreza. Estimativas de 1917 eram de que 75-85% da população russa era analfabeta. Anatoly Lunacharsky tornou-se primeiro o Comissariado do Povo para a Educação da Rússia Soviética. No início, as autoridades soviéticas colocado grande ênfase na eliminação do analfabetismo, portanto, pessoas que foram alfabetizadas foram automaticamente contratados como professores. Por um curto período de tempo, a qualidade foi sacrificada pela quantidade. Em se livrar do analfabetismo, as autoridades soviéticas foram bem sucedidos, e por volta de 1940, Joseph Stalin podia anunciar que o analfabetismo tinha sido eliminado. No rescaldo da Grande Guerra Patriótica do sistema educacional do país expandiu-se dramaticamente. Essa expansão teve um efeito tremendo na década de 1960 quase todas as crianças Soviética tinha acesso à educação, sendo a única excepção as crianças que vivem em áreas remotas. Nikita Khrushchev tentou melhorar a educação, tornando-a mais acessível e deixando claro aos filhos que a educação era intimamente ligado às necessidades da sociedade. A educação também se tornou uma característica importante na criação do Novo Homem Soviético [108].
A educação era gratuita para todos na União Soviética. A acessibilidade para os cidadãos soviéticos para o ensino primário, secundário e técnico foram aproximadamente o mesmo que os Estados Unidos.
Transportes
Transportes da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) era uma parte importante da economia da nação. A centralização econômica do final dos anos 1920 e 1930 levou ao desenvolvimento de infra-estruturas em larga escala e, ao mesmo tempo, ele avançou em ritmo acelerado. Antes do colapso da União Soviética em 1991, houve uma grande variedade de modos de transporte por terra, água e ar. No entanto, as políticas do governo, antes, durante e depois da era da estagnação (Anos 1970), o investimento em transportes eram baixos. A rede ferroviária foi o maior e mais intensamente utilizadas no mundo. Ao mesmo tempo, era mais desenvolvida do que a maioria de suas contrapartes no Primeiro Mundo.
Um barco de transporte de mercadorias em um Canal de Moscou.
No final dos anos 1970 e início dos anos 1980 os economistas soviéticos estavam sendo chamandos para a construção de mais estradas para aliviar um pouco os gastos com o ferro e para melhorar o orçamento do Estado. A indústria da aviação civil, representada pela Aeroflot, era o maior do mundo, mas tinha carências, que permaneceram até o colapso da URSS. A rede de estradas permaneceu subdesenvolvida, e estradas de terra foram os locais mais comuns fora das cidades principais, ao mesmo tempo, o atendimento das poucas estradas que tinham eram muito mal equipado para lidar com este problema crescente. No final da década de 1980, após a morte de Leonid Brejnev, os seus sucessores tentaram, sem sucesso, resolver esses problemas. Ao mesmo tempo, a indústria automobilística estava crescendo a uma taxa mais rápida do que a construção de novas estradas. Em meados da década de 1970, apenas 8% da população soviética possuía um carro.
Apesar das melhorias, vários aspectos do sector dos transportes ainda estavam cheias de problemas devido às infra-estruturas obsoletas, falta de investimento, a corrupção e a má decisão por parte das autoridades centrais. A demanda por infra-estrutura de transportes e serviços foi aumentando, as autoridades soviéticas mostraram-se incapazes de atender à crescente demanda do povo. A rede rodoviária soviética, em péssimo estado, em uma reação em cadeia, levou a uma crescente demanda por transporte público. A frota comerciante da nação era uma das maiores do mundo.
Ciência e tecnologia
Na União Soviética, a ciência e a tecnologia serviram como uma parte importante da política nacional. Desde a época de Lênin até a dissolução da URSS no início de 1990, tanto a ciência e a tecnologia estavam intimamente ligados à ideologia e a prática do funcionamento do Estado soviético, e foram perseguidos por caminhos semelhantes, e ambos os distintos modelos de outros países. Muitos grandes cientistas, que trabalharam na Rússia Imperial (como, por exemplo, Konstantin Tsiolkovsky), continuou a trabalhar na URSS e deu à luz a ciência soviética.
Marcado por uma ciência altamente desenvolvida e inovação no nível teórico, a interpretação ea aplicação ficou aquém. Biologia, química, ciência dos materiais, matemática e física, foram os campos nos quais os cidadãos soviéticos tinham se destacado. A ciência foi enfatizada em todos os níveis da educação, e um grande número de engenheiros eram formados a cada ano.
Sputnik I
O governo soviético fez o desenvolvimento e avanço da ciência uma prioridade nacional e regavam os melhores cientistas com honras. Embora nas ciências era menos rigorosa a censura,do que outras áreas como a arte, vários foram os exemplos de repressão de idéias.
Os cientistas soviéticos ganharam reconhecimento em diversas áreas. Eles estavam na vanguarda da ciência em áreas como matemática e em diversos ramos da ciência física, nomeadamente teóricos da física nuclear, química e astronomia. O físico-químico e físico Nikolay Semenov foi o primeiro cidadão soviético a ganhar um Prêmio Nobel, em 1956.
A tecnologia soviética foi mais desenvolvida nos campos da física nuclear, onde a corrida armamentista com o Ocidente, os decisores políticos convencidos a reservar recursos suficientes para a investigação. Devido a um programa intensivo dirigido por Igor Kurchatov, a União Soviética foi a segunda nação de desenvolver uma bomba atômica, em 1949, quatro anos após os Estados Unidos. A União Soviética detonou uma bomba de hidrogênio, em 1953, apenas dez meses depois dos Estados Unidos. A exploração espacial também foi altamente desenvolvidos: em outubro de 1957 a União Soviética lançou o primeiro satélite artificial, o Sputnik 1, em órbita, em abril de 1961 um cosmonauta russo, Yuri Gagarin tornou-se o primeiro homem no espaço. Os soviéticos manteram um programa espacial forte até que os problemas econômicos levaram a cortes na década de 1980.
Cultura
trabalhador e uma camponesa, representavam o povo soviético, atualmente esse monumento se encontra em Moscou.
A cultura da União Soviética passou por diversas fases durante a sua existência de 70 anos. Durante os primeiros onze anos depois da Revolução (1918-1929), houve uma relativa liberdade e artistas experimentaram vários estilos diferentes, em um esforço para encontrar um estilo distinto soviética da arte. Lenin queria que a arte deve ser acessível ao povo russo. O governo incentivou uma série de tendências. Na arte e literatura, numerosas escolas, algumas tradicionais e outras radicalmente experimentais, proliferaram. Comunistas escritores como Maksim Górki e Vladimir Mayakovsky eram ativos durante este tempo. Filmes, como um meio de influenciar uma sociedade iletrada, receberam o incentivo do Estado; muito das melhores datas diretor Sergei Eisenstein de trabalho deste período.
Mais tarde, durante o governo de Joseph Stalin, a cultura soviética foi caracterizada pela ascensão e dominação do governo que impôs o estilo do realismo socialista, com todas as outras tendências a ser duramente reprimidas, com raras exceções (por exemplo, obras de Mikhail Bulgakov). Muitos autores foram presos e mortos. Além disso, os religiosos foram perseguidos e enviados para gulags ou foram assassinados aos milhares. A proibição da Igreja Ortodoxa foi temporariamente suspensa em 1940, a fim de conseguir apoio para a guerra soviética contra as forças invasoras da Alemanha. Sob Stalin, símbolos de destaque, que não estavam em conformidade com a ideologia comunista foram destruídos, tais como igrejas ortodoxas e edifícios czarista. Seguindo o degelo de Kruschev final dos anos 1950 e início dos anos 1960, a censura foi diminuída. Maior experimentação de formas de arte tornou-se admissível uma vez, com o resultado que mais sofisticado e sutil trabalho crítico começou a ser produzido. O regime de solta a sua ênfase no realismo socialista, assim, por exemplo, muitos protagonistas dos romances do autor Yury Trifonov se preocupado com os problemas da vida cotidiana em vez de construir o socialismo. Uma literatura underground dissidente, conhecido como samizdat, desenvolvido durante este período de atraso. Na arquitetura da era Kruchev principalmente com foco em design funcional em oposição ao estilo altamente decorados de época de Stalin. Na segunda metade da década de 1980, as políticas de Gorbachev da perestroika e da glasnost expandiu significativamente a liberdade de expressão nos meios de comunicação e imprensa, acabou resultando na eliminação completa da censura, a liberdade total de expressão ea liberdade para criticar o governo.